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Curso vira trampolim para vaga de estágio
Operadoras e ONGs também ajudam o estudante a encontrar posto nas empresas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O vôo rumo ao domínio do
idioma pode ser uma ponte para quem vislumbra um posto de
estagiário ou de trainee lá fora.
Para achar uma vaga, a dica
de Leib Raibin, conselheiro da
operadora WTT-C, é fazer pós-graduação ou extensão universitária de dois semestres. Após
o curso, o estudante consegue
permissão para trabalhar legalmente na maioria dos países.
"Nos EUA, cursos de extensão universitária de nove meses
permitem pleitear o visto OPT
(Optional Pratical Training)
para trabalhar por um ano, remunerado. Instituições de ensino superior oferecem banco
de estágios. Em outros lugares,
há cursos com período de três
meses de estágio, normalmente
não-remunerado", diz.
Outra saída são os programas
oferecidos por operadoras. Podem ser exclusivamente de estágio, remunerados ou não (veja quadro abaixo).
Algumas ONGs ajudam estudantes a encontrar vagas de estágio. As mais conhecidas são a
Iaeste (International Association for the Exchange of Students for Technical Experience) e a Aiesec (Association International des Etudiants en
Sciences Economiques et
Commerciales).
Na Iaeste, abrem-se de 400 a
450 vagas de estágio remunerado por ano (de 600 a 700
por mês), a maior parte nas
áreas de engenharia, arquitetura, informática, física, química,
bioquímica, farmácia e matemática. Os candidatos devem
ter de 18 a 28 anos e estar matriculados em curso de graduação ou pós-graduação.
Na Aiesec, o estudante tem
de fazer parte da organização e
realizar estágio prévio no país
de, no mínimo, quatro meses,
antes de se candidatar a uma
experiência internacional.
Mapa do conhecimento
Segundo o diretor do Núcleo
Brasileiro de Estágios (Nube),
Seme Arone Júnior, estagiários
podem seguir um mapa do conhecimento e aproveitar bem o
know-how de cada país.
Nas áreas de saúde e ciências
biológicas, a Europa Ocidental,
os EUA, o Canadá, a Rússia e Israel são os melhores destinos,
além de Cuba, onde a medicina
é avançada em algumas áreas.
Para ciências exatas e engenharias, o Japão, a Alemanha,
os EUA e Israel são recomendáveis. A União Européia e os
EUA são destinos para a área de
administração. Já a Bélgica, a
Itália, a França e o Reino Unido
são referências em direito.
O estudante de engenharia
Rafael Gobbi de Oliveira, 25,
conciliou o segundo ano de curso na USP (Universidade de São
Paulo) com o da École Française Polytechnique, na França.
Ele ganhou bolsa de estudo
do governo francês e, no primeiro ano, conseguiu estágio
de verão na Cyclades, empresa
brasileira de tecnologia da informação, nos EUA. De volta à
França, passou pela Colas, empresa de construção rodoviária.
Apesar dos diferenciais, ele
acha que a recepção pelas empresas brasileiras não foi tão
calorosa quanto imaginava.
"Tive base teórica muito forte,
mas pouca prática", avalia o estudante, estagiário da Siemens.
Para a gerente de RH e recrutamento e seleção da Ford, Ana
Rosa Calciolari, maior será o
peso da experiência se o estágio
for feito em empresa reconhecida, em um país de destaque
na economia mundial e cujo
idioma seja útil no Brasil.
(FG)
Iaeste
A ONG (www.ci.com.br) promove intercâmbio profissional para estudantes universitários, que pagam taxa de
inscrição de R$ 60. Quem acumula mais pontos, buscando
oportunidade de estágio ou
vaga em alojamento, consegue o estágio e paga nova taxa, de US$ 230 (se indicou vagas de estágios para estrangeiros) ou US$ 290
Aiesec
Essa ONG (www.aiesec.org/brazil/) exige que o universitário faça um estágio na
Aiesec do país de origem. Não
há taxa para ingressar na organização, mas candidatar-se
a uma vaga de estágio no exterior custa R$ 500 -ao conseguir a vaga, paga-se outra
taxa, de mesmo valor. Os estágios podem ser remunerados ou não
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