São Paulo, domingo, 04 de abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

recursos humanos

MBA fora do país torna-se ferramenta de retenção

Colaboradores complementam formação e podem redirecionar carreira

JORDANA VIOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um programa de MBA internacional faz brilharem os olhos dos chamados "profissionais de alto desempenho".
O prognóstico a respeito de seus colaboradores tem estimulado empresas a oferecerem esses cursos a seus funcionários como forma de retenção.
A Telefônica, por exemplo, conta com um programa que garante pagamento integral do curso, 1.200 mensais para manutenção e passagem aérea.
Ao término do MBA, o colaborador volta para seu cargo, explica Wagner Reis, diretor de recursos humanos da empresa.
Mas é comum que, no retorno ao Brasil, haja uma promoção por causa da bagagem que o profissional traz.
Formada em ciência da computação, Evelise Kielblock da Costa, 34, foi de um cargo de coordenação para um de gerência depois de concluir um MBA em negócios eletrônicos na Espanha, patrocinado pela empresa de telefonia.
Rafael Lessa, 35, gerente-executivo de produtos do Santander, também avançou na carreira depois do MBA no Darthmouth College, nos EUA.
Inscreveu-se em um programa mantido pelo banco desde 2001, que hoje concede bolsas a dez brasileiros. Após a experiência, conseguiu o que queria e migrou do marketing para a área de negócios da instituição.

Expectativas
O remanejamento para outro departamento ou cargo, no entanto, nem sempre é automático. No intuito de evitar falsas expectativas e poder gerenciar os rumos da carreira, é aconselhável conversar com a companhia para conhecer os planos reservados ao profissional depois do curso, sinaliza Fátima Rossetto, diretora da DBM, empresa especializada em gestão do capital humano.
Além de ter um curso, em geral de primeira linha, custeado pela empresa, especialistas apontam outra vantagem no benefício. O profissional consegue se dedicar somente aos estudos, indica Marisabel Ribeiro, diretora de desenvolvimento da consultoria Right Management. "Ele não é interrompido por demandas externas."
Outra vantagem, aponta Paula Giannetti, superintendente de RH do banco, é a convivência com estrangeiros.
Mas, para fazer parte de programas como esse, o profissional tem de preencher alguns requisitos. No Santander, por exemplo, é preciso estar na empresa há, pelo menos, dois anos e ter proficiência em, no mínimo, um idioma estrangeiro.


Texto Anterior: Trainee: Vale recruta 20 profissionais para programa 2010
Próximo Texto: Programas focam áreas específicas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.