S?o Paulo, domingo, 04 de setembro de 2011 |
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Aplicação de recursos do FGTS deve ser cautelosa Retirada de fundo é permitida em casos como demissão ou doença grave FELIPE GUTIERREZ DE SÃO PAULO Cabe ao trabalhador administrar seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), uma conta aberta pela empresa em que são depositados 8% do salário? O tema voltou ao debate no fim do mês passado, quando o economista e ex-presidente do Banco Central Persio Arida defendeu a ideia de que os profissionais devem gerir os recursos do fundo. Como o rendimento anual do FGTS é de 3% mais TR (taxa referencial, que gira em torno de 1,05%, segundo o professor Roy Martelanc, da Universidade de São Paulo), alguns especialistas defendem que sim. A justificativa é que o trabalhador tem à disposição opções de investimento mais vantajosas. Aplicações como o CDB renderam 1% em agosto e 7,7% no ano (sem considerar impostos). De janeiro a agosto deste ano, a inflação foi de 3,48% pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado). Quenio Cerqueira de França, secretário-executivo do conselho curador do FGTS, afirma que os trabalhadores perderiam se administrassem o próprio fundo. Os recursos, justifica, devem servir como reserva para eventuais problemas. "Não temos uma cultura de poupança arraigada." Além disso, afirma França, "a sociedade perderia uma fonte de recursos importante", já que o governo usa o dinheiro para fins sociais -em habitação, por exemplo.
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