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"Vou poder ver minhas filhas", diz auxiliar de serviços gerais
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com foco em mais qualidade de vida e em tempo
com a família, trabalhadores
veem como positiva a possível redução da carga horária
de trabalho.
"Vai ser muito bom porque vou poder ver minhas filhas. Quando saio, elas estão
dormindo. Volto, e elas estão
dormindo", conta a auxiliar
de serviços gerais Joana
Darc Gomes Martim, 35.
Com jornada de 44 horas
semanais, ela trabalha durante o dia e estuda após sair
do serviço, para conseguir
concluir a quarta série do ensino fundamental.
A redução, diz, também irá
melhorar seu desempenho
escolar. "Tenho poucas horas para estudar", destaca.
João Augusto Mateus, 55,
que tem jornada de oito
horas diárias, comemora a
possibilidade de redução.
"Quem não quer [trabalhar
menos]?", questiona.
Ele conta que não pode
tirar folga aos sábados e que
só pode fazê-lo aos domingos duas vezes por mês -as
outras duas folgas devem ser
tiradas durante a semana.
Mateus, que é vendedor de
eletrodomésticos, avalia que
a redução da jornada de trabalho não deve impactar as
suas vendas. "Elas acabaram
se espalhando pelos dias da
semana", explica.
(AL)
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