São Paulo, domingo, 5 de abril de 1998

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Confira o tempo das empresas

da Reportagem Local

Três meses é tempo suficiente para ter certeza de que a contratação foi bem-sucedida para os dois envolvidos no processo: empregado e empregador.
Essa é a opinião de Sérgio Amad Costa, 40, professor de recursos humanos da Fundação Getúlio Vargas. "O recém-contratado precisa de um tempo para entrar na cultura da empresa."
A montadora Volkswagen também pensa assim. "Dependendo da vaga, contratamos uma consultoria externa para pesquisar o perfil do profissional de que precisamos", diz Carlos Augusto Costa da Silva, 48, supervisor da área de planejamento de pessoal.
Para ele, dados básicos do candidato, como conhecimentos técnicos e domínio de idiomas, são discutidos na seleção.
Para detectar problemas posteriores ao processo seletivo, Silva diz precisar de um tempo para observar o trabalho do funcionário.
"Em média, bastam dez dias para percebermos erros em cargos operacionais e de seis meses a um ano para cargos estratégicos."
Na Coca-Cola, o processo de seleção rigoroso começa com análise de currículos, que prioriza faculdades de renome e experiência anterior em outras boas empresas.
A multinacional adota a seguinte política para funcionários que apresentam desempenho abaixo do esperado: eles são chamados individualmente para um encontro com a gerência, que irá sinalizar os pontos falhos.
Na Alcoa Alumínio, o departamento de RH envolve a área requisitante no processo seletivo, com o objetivo de discutir o perfil do funcionário a ser contratado e evitar possíveis erros.
A seleção de estagiários e trainees passa por um processo mais complicado. Ainda assim, a falta de experiência dificulta a definição prévia de uma área de atuação.
"Depois de contratados, existe a possibilidade de empregado e empregador mudarem de opinião sobre a função exercida. Registramos muitos pedidos de transferência, mas não temos casos de demissões imediatas."



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