S?o Paulo, domingo, 05 de junho de 2011

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Demissão de gestor cresce 30% no 1º quadrimestre

Retorno aquém do esperado e mudança de CEOs motivam desligamentos

Paula Giolito/Folhapress
O gestor Francisco Castro foi demitido em Brasília e obteve novo posto no Rio de Janeiro

MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO

A demissão de executivos cresce desde o fim do ano passado, segundo dados de quatro das maiores consultorias de recolocação do país: Gutemberg, Lens & Minarelli, Michael Page e Produtive.
O aumento chegou a 30% no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com estudo da Produtive com 330 executivos, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.
"Depois da recuperação [da crise], as empresas estão sendo cobradas por resultados pelos acionistas", justifica Rafael Souto, diretor-executivo da consultoria.
No saldo de demitidos estão CEOs que trouxeram retorno aquém do esperado e o segundo escalão das companhias, especialmente diretores que foram trocados com a vinda de um novo líder.
Esses últimos fazem parte de um grupo de executivos desligados por "questões políticas" - que não estão ligadas a desempenho ou relacionamento, mas a processos como fusões"" e que soma 50% das demissões em 2010, diz estudo da Lens & Minarelli com 125 gestores de RH.
"Não pude mostrar todo o meu potencial", diz Francisco Castro, 48, demitido após troca de chefia no banco em que trabalhava.
A recolocação foi difícil, diz ele, que conseguiu vaga em uma outra empresa e mudou-se de Brasília para o Rio.


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