|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
concursos
Exame oral requer autocontrole
Assistir a provas e treinar com amigos e familiares são maneiras de vencer o nervosismo
MARIA CAROLINA NOMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O temido exame oral é a última etapa do concurso para algumas carreiras públicas -geralmente para as jurídicas, como procuradoria, magistratura, Ministério Público, Polícia
Civil e defensoria pública.
O intuito desse teste é analisar -mais do que o conteúdo
teórico- a atitude e a expressão dos candidatos .
Nessa hora, até quem domina as matérias pode por tudo a
perder por falta de equilíbrio
emocional, avalia Luiz Flávio
Gomes, diretor-presidente da
Rede de Ensino LFG (cursos
preparatórios para concursos).
"O candidato emocionalmente preparado dá abertura
para diálogo com a banca. Começa respondendo o que sabe e
depois vai fazendo conexões
com outros temas", afirma.
Para manter a calma, assistir
a provas do concurso -abertas
ao público- e conhecer os examinadores são maneiras de se
aclimatar, sugere o desembargador Carlos Paulo Travain,
presidente da Banca do Concurso da Magistratura.
Foi o que fez a procuradora
do Estado de São Paulo Júlia
Plenamente Silva, 30, professora de direito da pós-graduação
da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
"Assisti aos exames orais da
magistratura e do Ministério
Público. Vi que cada examinador tem o seu estilo. Mas, na
hora, fiquei bem nervosa."
Algumas pessoas chegam a
fazer um trabalho de "coaching". A psicóloga e consultora da Bem Estar Desenvolvimento Humano, Daniela Zanuncini, diz que trabalha postura corporal, comportamento
e autocontrole dos candidatos.
A juíza Claudia Felix de Lima, 30, da vara do Juizado Especial de Cotia (SP), por exemplo, fez preparação para a etapa. "Eles falam mais em como
se tranquilizar, que expressões
evitar e utilizar. Achei válido."
Fazer um curso de oratória
também é indicado, na opinião
do juiz federal William Douglas, coautor do livro "Como
Falar Bem em Público" (ed.
Ediouro, 192 págs.). "Treinar
com amigos e familiares ajuda."
Técnicas
Mas, se na hora da prova, as
pernas tremerem, respirar profundamente auxilia, conta Maria Aparecida Araújo, consultora de comportamento e de etiqueta. "Pense antes de responder. A banca tem paciência. Caso sinta que não se expressou
bem, não hesite em dizer que
gostaria de formular uma resposta melhor", aconselha.
Texto Anterior: Questionado, ministério reagenda a publicação de nova cartilha para este mês Próximo Texto: Para ir bem Índice
|