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estágios & trainees
Monitoria em aula de pós aproxima da profissão
Estudantes aprendem em classe e fazem contato com mercado
JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Aluna do quinto semestre da
graduação em economia da
Fundação Getulio Vargas, Isa
Chiarini Simões, 21, frequenta
também aulas da pós-graduação em varejo da mesma instituição. Não como aluna, e sim
como monitora.
Seu trabalho é intermediar a
comunicação entre alunos, secretaria e professores, conferir
se o material necessário para as
aulas está disponível, verificar
os horários do "coffee break" e
distribuir material.
Ela recebe cerca de R$ 800
mensais. "Tenho a oportunidade de estudar assuntos do meu
interesse, mas que não tenho
[na graduação], como marketing e comportamento do consumidor", destaca.
Ser monitor da pós durante a
graduação pode ser uma boa
maneira de iniciar a vida profissional, avalia Tharcisio Souza
Santos, diretor do MBA da
Faap (Fundação Armando
Álvares Penteado).
Ele mantém duplas de graduandos que ajudam nos cursos de graduação e de pós. A
principal atividade dos estudantes é fazer pesquisas sobre
índices econômicos e tratar os
dados, que são apresentados
nas aulas de Santos.
"Aprimorei meus conhecimentos teóricos sobre assuntos
como a crise e a realidade brasileira", comenta a estudante
de relações internacionais
Fernanda Magnota, 20, que
participa do programa.
De perto
Observar em primeira mão
as mudanças do mercado é outra vantagem apontada por monitores. Bruna Lopes, estudante de economia da FEA-USP
(Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo),
acompanhou de perto a fusão
do Itaú com o Unibanco.
Na turma de pós-graduação
em seguros e previdência da
Fundação Instituto de Administração que ela monitorou,
havia um aluno de cada instituição. "Eles traziam a visão de
dentro das empresas, o que era
mais interessante", conta.
A monitoria exige certa maturidade do aluno. Por isso
especialistas recomendam que
os interessados se inscrevam a
partir do segundo ou do terceiro ano da graduação.
"As pessoas entram muito jovens na faculdade e precisam
amadurecer um pouco para
aproveitar melhor a oportunidade", avalia Patricia Bonfim,
diretora regional da consultoria Great Place To Work.
A experiência de monitoria
pode não levar os estudantes
diretamente a vagas de trabalho. "Mas mostra interesse aos
entrevistadores", afirma Mario
Lima, 22, que cursa direito na
FGV e monitorou o curso de
tributação dos mercados financeiros e de capitais, uma área
na qual quer atuar.
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