São Paulo, domingo, 07 de junho de 2009

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estágios & trainees

Monitoria em aula de pós aproxima da profissão

Estudantes aprendem em classe e fazem contato com mercado

JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Aluna do quinto semestre da graduação em economia da Fundação Getulio Vargas, Isa Chiarini Simões, 21, frequenta também aulas da pós-graduação em varejo da mesma instituição. Não como aluna, e sim como monitora.
Seu trabalho é intermediar a comunicação entre alunos, secretaria e professores, conferir se o material necessário para as aulas está disponível, verificar os horários do "coffee break" e distribuir material.
Ela recebe cerca de R$ 800 mensais. "Tenho a oportunidade de estudar assuntos do meu interesse, mas que não tenho [na graduação], como marketing e comportamento do consumidor", destaca.
Ser monitor da pós durante a graduação pode ser uma boa maneira de iniciar a vida profissional, avalia Tharcisio Souza Santos, diretor do MBA da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado).
Ele mantém duplas de graduandos que ajudam nos cursos de graduação e de pós. A principal atividade dos estudantes é fazer pesquisas sobre índices econômicos e tratar os dados, que são apresentados nas aulas de Santos.
"Aprimorei meus conhecimentos teóricos sobre assuntos como a crise e a realidade brasileira", comenta a estudante de relações internacionais Fernanda Magnota, 20, que participa do programa.

De perto
Observar em primeira mão as mudanças do mercado é outra vantagem apontada por monitores. Bruna Lopes, estudante de economia da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), acompanhou de perto a fusão do Itaú com o Unibanco.
Na turma de pós-graduação em seguros e previdência da Fundação Instituto de Administração que ela monitorou, havia um aluno de cada instituição. "Eles traziam a visão de dentro das empresas, o que era mais interessante", conta.
A monitoria exige certa maturidade do aluno. Por isso especialistas recomendam que os interessados se inscrevam a partir do segundo ou do terceiro ano da graduação.
"As pessoas entram muito jovens na faculdade e precisam amadurecer um pouco para aproveitar melhor a oportunidade", avalia Patricia Bonfim, diretora regional da consultoria Great Place To Work.
A experiência de monitoria pode não levar os estudantes diretamente a vagas de trabalho. "Mas mostra interesse aos entrevistadores", afirma Mario Lima, 22, que cursa direito na FGV e monitorou o curso de tributação dos mercados financeiros e de capitais, uma área na qual quer atuar.


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