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Pressão por metas e falta de preparo são motivadores de falhas, dizem executivos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Desconhecimento, busca desenfreada de metas, dissonância da matriz, falta de preparo.
Segundo executivos ouvidos
pela Folha, esses são os principais causadores de erros graves
sem intenção no alto escalão.
Na avaliação de Antonio
Queiroz, ex-presidente da
Monsanto, "existem executivos que não sabem o que ocorre nos detalhes da operação".
Outra razão é que os profissionais querem atingir metas
agressivas. "Nessa corrida, ele
pode deixar de observar a boa
governança", reflete Queiroz.
Marcus Pinheiro, gerente
nacional da Secure Computing,
multinacional da área de segurança da informação, ressalta
que as matrizes estrangeiras
exigem metas "sem considerar
a complexidade dos sistemas
legal e tributário no Brasil".
A visão de Marcelo Lacerda,
principal executivo da alemã
Lanxess, da área química, é
mais pragmática: o problema é
o despreparo. "Muitos chegam
a uma posição alta por mérito,
mas não sabem ler um balanço
ou avaliar adequadamente os
riscos tributários envolvidos."
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