São Paulo, domingo, 08 de dezembro de 2002

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DE FUNCIONÁRIO A SÓCIO

Profissional se lança à conquista de espaço

DA REPORTAGEM LOCAL

"Conquistar espaço" é a regra número um para quem trabalha em uma empresa em que existe a possibilidade de ascensão e deseja aproveitá-la. E isso pode até parecer simples, mas não é. Como um "trabalho de formiga", a conquista de espaço se dá a cada dia, pouco a pouco, dizem os consultores.
"Antes de mais nada, é preciso se posicionar com clareza. Não adianta ter vontade de crescer, mas se manter retraído. Somar talento e ação é o atalho para obter os resultados esperados", diz a psicóloga Cecília Pinaffi, 30.
Pinaffi vivenciou o processo ao longo da carreira na Mussi Consultores. Contratada em 1997 como consultora, ela ingressou no grupo de sócios em 2001.
"É um caminho que requer muito preparo. Além de se revelar excelente profissional, é necessário desenvolver uma visão generalista do negócio e ter capacidade de gerenciamento. Ao assumir a sociedade, você tem de estar disposto a correr riscos", comenta.

Resultados
Ao longo da escalada, dar contribuições para o crescimento da empresa é um dos fatores que mais pesam para o reconhecimento do potencial. Sócio da Bernhoeft Consultoria, especializada em sucessão familiar, Wagner Teixeira, 42, é um exemplo.
Antes de ingressar na Bernhoeft, onde já começou como associado, Teixeira trilhou o caminho de funcionário a sócio na Trevisan Consultoria.
Lá, segundo ele, iniciou a carreira como funcionário do setor administrativo, foi promovido a gerente e depois convidado a dirigir o projeto de criação da Faculdade Trevisan -na época, Instituto Trevisan de Treinamento.
"Colaborei para a condução do projeto e ajudei a implantar medidas que geraram crescimento para o grupo. O convite para a sociedade foi consequência", conta.
Essa foi uma guinada definitiva na carreira de Teixeira. A partir dali, não voltaria mais à condição de funcionário. "Como sócio, o profissional desfruta de mais status e de vantagens financeiras. O lado difícil é que o crescimento acaba gerando ciúme, até mesmo de colegas que estiveram do seu lado o tempo todo", alerta.
Também foi a contribuição para melhores resultados a principal determinante da ascensão de Andrey Franco na rede Ornare.
Enquanto era gerente, Franco assumiu a missão de reverter a situação de uma loja que não conseguia emplacar um bom faturamento. "Era o "patinho feio" da rede. Em três anos, chegamos a quadruplicar os ganhos, dobrar a área da loja e aumentar a equipe de três para dez funcionários."
Bia Godinho, que fez carreira no Outback e se tornou proprietária de uma unidade em São Paulo, diz que "ninguém vai para a frente sem gostar muito do que faz."
"Tem de se identificar com a proposta, assumi-la, envolver-se ao máximo. E não querer atropelar as etapas: o ideal é vencer os desafios de cada dia, subir degrau por degrau", recomenda.


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