São Paulo, domingo, 09 de dezembro de 2007

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estágios e trainees

Remuneração é o calcanhar-de-aquiles em vivência longe de casa

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No dia-a-dia de estagiários de agronomia, biologia ou veterinária, a planilha eletrônica e a mesa de escritório dão lugar a animais selvagens, florestas, praias e até aquários gigantes.
Nessas áreas, viajar para ter experiências a céu aberto é bastante comum. E o período de férias torna-se aliado na procura por vivências profissionais.
"Viajei para tão longe justamente para buscar essa diferenciação", aponta Greisi Batista, 24, formanda em turismo e hotelaria. Ela trocou as praias de Balneário Camboriú (SC) por uma temporada de três meses em pleno Pantanal (MS).
"Passei por três áreas diferentes e exercitei meu inglês. Foi ótimo conviver em um ambiente tão diverso do meu", conta a estudante, que estagiou no Refúgio Ecológico Caiman.
Para os que acham esse tipo de estágio mais interessante, é um banho de água fria saber que, muitas vezes, essas experiências não são remuneradas.
Batista, por exemplo, diz não ter recebido ajuda financeira -só acomodação e refeições.
Os aquários do Guarujá e de Ubatuba também não oferecem apoio para despesas: os estudantes arcam com os custos.
Foi o que o estudante de biologia Lucas Montanari, 20, fez em sua temporada no Guarujá. Ainda assim, descreve a experiência como "enriquecedora".
"Aprendi bastante, é um diferencial", diz Montanari, que se hospedou na casa de amigos.
Outro que mesmo sem benefícios encarou como positivo o estágio foi Felipe Domingos, 21, da área de engenharia ambiental. Gostou tanto de sua vivência no Aquário de Ubatuba que, em janeiro, voltará ao local.
"Trabalhei com educação ambiental, que é bem a minha área de interesse", comenta.
Mas não é sempre que estagiar longe de casa é sinônimo de falta de remuneração. Marcela Cabrini, 22, estudante de agronomia, teve de se mudar para estagiar em uma empresa de agronegócio. Ela recebe bolsa-auxílio regular e benefícios.
"Não foi problema ter de me mudar. O principal era ter a vivência dentro de uma grande empresa, na minha área", diz.


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