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estágios e trainees
Ausência de plano leva a desistência
Aluno busca programa estruturado, diz pesquisa
RAQUEL BOCATO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Pedir desligamento de um
estágio, dizem consultores, não
é algo tão comum no mercado.
Mas, quando se depara com
uma empresa que não oferece
um plano estruturado ou não o
satisfaz com as atividades exercidas, o estudante não hesita
em abandonar a experiência.
É o que demonstra uma pesquisa feita pela consultoria Cia
de Talentos em parceria com o
Gcet (Grupo de Coordenado-res de Estagiários e Trainees).
Foram entrevistados 1.639
estudantes em junho passado
(veja os resultados ao lado).
Quem atua no setor ressalta
que há muito a ser melhorado.
Para Danilca Galdini, gerente
de desenvolvimento de carreira
da Cia de Talentos, são basicamente as grandes companhias
que contam com programação
e infraestrutura para estágio.
O presidente da Curriculum.com.br, Marcelo Abrileri,
concorda. "Poucas têm programas elaborados", considera.
Um dos problemas da ausência de plano, indicam especialistas, é um crescimento profissional aquém do esperado -o
que resulta em desmotivação.
A estudante de farmácia Verônica Chaves de Sousa, 25, que
se desligou de dois estágios
neste ano, conta que o rompimento "é difícil", mas que privilegia o aprendizado. "Já trabalhei de graça, mas saí quando
havia aprendido tudo." Seu último estágio durou dois meses.
O superintendente de operações do Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola),
Eduardo de Oliveira, também
coloca a falta de programação
entre os principais motivos de
desistência dos profissionais.
No entanto, faz uma ressalva:
"Algumas vezes, a atividade desempenhada não é a que o estudante esperava fazer. Há um
excesso de expectativas [dele]".
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