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MEU PRIMEIRO EMPREGO
Netinho fez
engenharia e
cantou em
barzinho na BA
LUÍS PEREZ
da Redação
O estouro de mais de 1,5 milhão
de discos e sucessos dançantes, como "Milla" e "Beijo na Boca",
não escondem a vocação do ex-estudante de engenharia civil Ernesto de Souza Andrade Jr., 31.
O primeiro emprego do cantor
baiano Netinho foi num bar chamado Trambar, em Salvador.
"Foi de uma forma muito engraçada. Estava com amigos. A gente
sempre ia a esse barzinho e toda
vez a galera pedia que o dono me
chamasse para dar uma canja."
"Eu ia e, morrendo de vergonha, cantava duas, três músicas e
ia embora. Até que um dia ele chamou querendo me contratar." Assim, ele comprou briga com a família. "Tinha 15 anos nessa época
e ninguém queria." Saiu de casa.
"Não pedi mais nada à minha família. Foi por isso que consegui.
Foi tudo com muito trabalho. Não
aconselho ninguém a largar faculdade, porque música é uma coisa
muito incerta na vida da gente hoje. O mercado é muito fechado."
Netinho largou a faculdade depois de cursar dois anos e meio.
"Foi por causa da música, porque
não tinha condições de continuar.
E não tinha muito a ver comigo."
Na adolescência, ele diz que tocou em quase todos os bares da
época. Aos 17, fez um teste para
um bloco de Carnaval: foi aprovado. Logo depois, viraria a banda
Beijinho e, mais tarde, a Beijo.
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