São Paulo, domingo, 14 de setembro de 1997.



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MEU PRIMEIRO EMPREGO
Netinho fez engenharia e cantou em barzinho na BA

LUÍS PEREZ
da Redação

O estouro de mais de 1,5 milhão de discos e sucessos dançantes, como "Milla" e "Beijo na Boca", não escondem a vocação do ex-estudante de engenharia civil Ernesto de Souza Andrade Jr., 31.
O primeiro emprego do cantor baiano Netinho foi num bar chamado Trambar, em Salvador. "Foi de uma forma muito engraçada. Estava com amigos. A gente sempre ia a esse barzinho e toda vez a galera pedia que o dono me chamasse para dar uma canja."
"Eu ia e, morrendo de vergonha, cantava duas, três músicas e ia embora. Até que um dia ele chamou querendo me contratar." Assim, ele comprou briga com a família. "Tinha 15 anos nessa época e ninguém queria." Saiu de casa.
"Não pedi mais nada à minha família. Foi por isso que consegui. Foi tudo com muito trabalho. Não aconselho ninguém a largar faculdade, porque música é uma coisa muito incerta na vida da gente hoje. O mercado é muito fechado."
Netinho largou a faculdade depois de cursar dois anos e meio. "Foi por causa da música, porque não tinha condições de continuar. E não tinha muito a ver comigo."
Na adolescência, ele diz que tocou em quase todos os bares da época. Aos 17, fez um teste para um bloco de Carnaval: foi aprovado. Logo depois, viraria a banda Beijinho e, mais tarde, a Beijo.



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