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POLÍCIA MILITAR
Rotina de treinamento puxada exige dedicação e disciplina
FREE-LANCE PARA A FOLHA
"Defender São Paulo e os seus
concidadãos; socorrer, consolar e
salvar; deter a arrogância do crime; preservar a paz social e a ordem pública, necessárias à construção do futuro da pátria de todos nós." É esse o lema de quem
opta por ser um policial militar.
Assim como num exército em
batalha, às 6h o corneteiro desperta a todos ao som do "toque de
alvorada". O regime na Academia
de Polícia Militar do Barro Branco
é de internato nos dois primeiros
anos, e a rotina é puxada durante
todo o curso, que dura quatro
anos e teve 50,6 candidatos/vaga
no último vestibular da Fuvest.
"O dia na academia parece ter
duas horas", diz a primeiranista
Maria Cristina Bergamaschi, 20.
Tempo suficiente apenas para as
refeições, para tomar banho e dar
alguns telefonemas. O resto do
dia -e alguns finais de semana-
é dedicado ao curso.
As aulas teóricas começam às
7h40 -mas não antes de todos os
alunos entrarem em forma, cantarem um hino e desfilarem- e
terminam às 15h40, com intervalo
para o almoço. Depois, até as
17h15, é a vez de treinamentos esportivos, como vôlei e natação, e
de aulas práticas, como a de tiro e
a de cavalaria. Sem falar nas atividades religiosas -opcionais- e
das participações nos grêmios
-de policiamento, de bombeiros, ambiental e de operações especiais, como salvamentos na selva. As luzes dos alojamentos são
apagadas às 22h.
"O nível de cobrança é muito alto, porque a sociedade está investindo na nossa formação", explica
o capitão Francisco Possebom,
chefe da seção de orientação educacional da academia. Ainda assim, segundo ele, o índice de desistência é baixo: menos de 5%.
Já durante o curso, os cadetes
recebem salários que variam de
R$ 1.200 a R$ 1.350, conforme o
ano que está cursando. No final
do primeiro ano, já saem nas ruas
para fazer policiamento.
Há ainda mais um ano de estágio como aspirante, que confere
promoção a segundo-tenente.
PMs são habilitados a realizar policiamento ostensivo, preventivo,
comunitário, aéreo, de trânsito
urbano e rodoviário, além de proteção ambiental, combate a incêndios, resgates e salvamentos.
Entre os atrativos da carreira, estão a estabilidade e a contratação
pelo governo após a formatura.
Poucos sabem, mas a formação
de oficial é de nível superior e inclui disciplinas como direito ambiental, filosofia, sociologia, psicologia e informática.
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