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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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13 MIL VAGAS

Páscoa só perde para Natal em contratações

Fernando Moraes/Folha Imagem
Jocilene dos Anjos (dir.) começou a trabalhar com ovos em 2002


RENATO ESSENFELDER
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O ritual é bastante diferente: não há Papai Noel, renas, duendes, árvores decoradas, presépios. Mesmo assim, os executivos da indústria do chocolate já começaram a comemorar a proximidade do que se tornou o "segundo Natal".
O responsável por essa empolgação toda é um certo coelhinho branco e suas toneladas de ovos coloridos que transformam a Páscoa em um festival de consumo, impulsionando a economia e gerando milhares de vagas temporárias em todo o país.
Segundo agências especializadas em contratações para grandes empresas, a época da Páscoa só perde para o Natal no volume de demandas. A estimativa da Associação Brasileira de Empresas Terceirizáveis e Trabalho Temporário (Asserttem) é a mais otimista: 40 mil vagas devem surgir em todo o país em razão do feriado.
Já a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados (Abicab) diz que até 20 mil postos serão gerados no país neste ano, número igual ao registrado na Páscoa de 2002.

Cautela
Prudência é a palavra de ordem em chocolatarias como a Di Siena, de São Paulo. "Será uma Páscoa cara, por causa do custo da energia e do preço de insumos como o cacau. Vamos agir com cautela, mas manter a produção de anos anteriores", diz o dono, Osvaldo Marconi, que contratou 20 temporários para garantir a produção de 50 toneladas de chocolate.
Ainda que "cauteloso", o volume de produção impressiona. "A Páscoa do Brasil é a segunda maior do mundo, só perdendo para a da Inglaterra. No ano passado, consumimos 18 mil toneladas de chocolate no período", contabiliza o presidente da Abicab, Getulio Ursulino Netto.
A comparação com o Natal também tem outra explicação. Para Necésio Tavares Neto, presidente da Asserttem, a Páscoa -a exemplo da Natividade- envolve não só o comércio mas também a indústria. "Épocas como o Dia das Mães são importantes para a economia, mas têm menos impacto nas linhas de produção."



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