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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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Sonho de efetivação motiva temporários

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Nem sempre o final do contrato de funcionário temporário significa o fim da linha para os "operários da Páscoa". O sonho da efetivação, muitas vezes, é concretizado quando menos se espera.
Segundo empresários e consultores, não há grande segredo para passar do posto de temporário ao de efetivado. Basta trabalhar duro e mostrar boa disposição e vontade de aprender aos supervisores.
A assistente de recursos humanos da Amor aos Pedaços Angélica Comis calcula que até 40% das pessoas que entram para atuar em regime de experiência (limitado a 45 dias) no feriado são recrutadas em definitivo para a rede.
Foi o caso de Glauber Costa, 19, que atuou na Páscoa de 2002 como balconista e vendedor de uma das lojas da franquia e cerca de um mês depois foi convidado a ficar como funcionário efetivado.
"No começo não foi fácil, tinha de descrever vários tipos de bolo e de ovo de Páscoa para um público bastante exigente, mas deu tudo certo", relembra.

Dificuldades
Para quem pensa que as dificuldades acabam no momento da contratação como temporário, é melhor estar preparado para suar muito a camisa montando e desmontando as chamadas "parreiras" (as estruturas nas quais os ovos de Páscoa ficam pendurados dentro dos mercados), controlando estoques e convencendo o público a comprar mais.
"Muita gente não se adapta ao serviço, que é pesado. Não é todo mundo que gosta de lidar com o público, carregar caixa, comentar vantagens do produto", diz Natália de Sousa, 23, que trabalhou na Páscoa de 2001 como temporária e quer repetir o feito neste ano.
Ficar ansioso com a possibilidade de "não dar conta do recado" e ter de fazer hora extra também são fatos comuns. Jocilene dos Anjos, 27, afirma que o mais importante é "aprender rápido e se esforçar muito", pois a "angústia" de estar no lugar errado na hora errada às vezes é inevitável. Ela trabalhou na Fachga no feriado de 2002 e, desde então, foi efetivada para embalar doces.
Rafael Marques, 21, que trabalhou nas últimas duas Páscoas, diz esperar mais dificuldades neste ano. "Está mais complicado, estão terceirizando tudo", avalia.



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