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Sonho de efetivação motiva temporários
FREE LANCE PARA A FOLHA
Nem sempre o final do contrato
de funcionário temporário significa o fim da linha para os "operários da Páscoa". O sonho da efetivação, muitas vezes, é concretizado quando menos se espera.
Segundo empresários e consultores, não há grande segredo para
passar do posto de temporário ao
de efetivado. Basta trabalhar duro
e mostrar boa disposição e vontade de aprender aos supervisores.
A assistente de recursos humanos da Amor aos Pedaços Angélica Comis calcula que até 40% das
pessoas que entram para atuar em
regime de experiência (limitado a
45 dias) no feriado são recrutadas
em definitivo para a rede.
Foi o caso de Glauber Costa, 19,
que atuou na Páscoa de 2002 como balconista e vendedor de uma
das lojas da franquia e cerca de
um mês depois foi convidado a ficar como funcionário efetivado.
"No começo não foi fácil, tinha
de descrever vários tipos de bolo
e de ovo de Páscoa para um público bastante exigente, mas deu tudo certo", relembra.
Dificuldades
Para quem pensa que as dificuldades acabam no momento da
contratação como temporário, é
melhor estar preparado para suar
muito a camisa montando e desmontando as chamadas "parreiras" (as estruturas nas quais os
ovos de Páscoa ficam pendurados
dentro dos mercados), controlando estoques e convencendo o público a comprar mais.
"Muita gente não se adapta ao
serviço, que é pesado. Não é todo
mundo que gosta de lidar com o
público, carregar caixa, comentar
vantagens do produto", diz Natália de Sousa, 23, que trabalhou na
Páscoa de 2001 como temporária
e quer repetir o feito neste ano.
Ficar ansioso com a possibilidade de "não dar conta do recado"
e ter de fazer hora extra também
são fatos comuns. Jocilene dos
Anjos, 27, afirma que o mais importante é "aprender rápido e se
esforçar muito", pois a "angústia"
de estar no lugar errado na hora
errada às vezes é inevitável. Ela
trabalhou na Fachga no feriado de
2002 e, desde então, foi efetivada
para embalar doces.
Rafael Marques, 21, que trabalhou nas últimas duas Páscoas,
diz esperar mais dificuldades neste ano. "Está mais complicado, estão terceirizando tudo", avalia.
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