São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2008

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PROFISSIONAIS PREMIADOS

Reconhecimento deve ser explicado

Realizações alcançadas têm destaque em currículo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de o prêmio poder abrir diversas portas para o profissional que o recebeu, seu tempo de vida é curto, aponta Roberta Raffaeli, gerente de recrutamento e seleção da Manpower Professional.
"Um prêmio antigo não diz quase nada sobre quem é o profissional hoje", afirma. Por isso não deve ser a base da carreira.
"Mas pode ser uma cartada em um determinado momento, como na hora de pedir um aumento de salário ou de mudar de emprego", exemplifica.
Para Carlos Eduardo Netto, 31, o prêmio recebido -de melhor líder global de eventos da rede de hotéis Marriott- foi a senha para ser promovido, em seguida, para diretor de bares e restaurantes do Renaissance.
"Ser premiado pesa bastante na carreira, põe seu nome no mundo", diz. "Para quem visa a uma carreira internacional, dá facilidade para se locomover de um país a outro."

Tradução
Na hora de usar a vitória para conseguir uma promoção ou um aumento e até mesmo para mudar de empresa, mais importante que dizer que recompensas recebeu é explicar o porquê do reconhecimento.
"Um prêmio interno significa que o profissional atendeu às expectativas de uma firma específica, mas diz pouco para o restante do mercado", explica Arlindo Felipe Júnior, diretor executivo do Grupo Soma.
Por isso, no currículo e na entrevista com o empregador, a premiação tem de ser traduzida em competências e resultados. "É importante destacar as realizações, o que foi feito e que qualidades foram reconhecidas", aponta Felipe Júnior.
Entre as informações que constam do currículo, os prêmios devem vir junto com as realizações profissionais e os projetos concluídos, apontam especialistas em carreiras.
Na entrevista, o ideal é descrever com mais detalhes o processo de conquista. Mas, ainda assim, ter sido premiado não é garantia de contratação.
"A seleção busca um profissional com todas as competências para ocupar um determinado cargo", explica Maria de Fátima Ohl Braga, sócia-diretora da Ohl Braga Consultoria de Recursos Humanos. "Portanto, o prêmio não garante que o candidato se encaixe na vaga", completa. (DB)


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