São Paulo, domingo, 17 de junho de 2007

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sua carreira

Lei diferencia atribuições de técnicos e graduados

Regulamentação impõe cursos para atuação profissional

ADRIANA CHAVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No último dia 30, o governo federal deu um novo impulso à atuação dos profissionais da área de enologia com formação técnica ou superior: regulamentou as carreiras de tecnólogo e técnico desse setor.
Além de estabelecer que apenas trabalhadores com diploma possam exercer essa atividade, a lei 11.476 apresenta diferenciações nas atribuições de enólogos e de técnicos em enologia.
Profissionais com curso superior acompanharão o processo de vinificação. Técnicos permanecerão na produção, auxiliando na parte operacional.
"Legalmente, era tudo igual. Agora o técnico passa a ter uma visão mais voltada para a execução das atividades", esclarece o enólogo Stevan Arcari, 21.
Quem atua na área e ainda não tem o diploma, no entanto, terá de voltar à faculdade -e, possivelmente, providenciar mudança para outro Estado.
Apenas os Cefets (Centro Federal de Educação Tecnológica) de Bento Gonçalves (RS) e de Petrolina (PE) têm cursos oficiais de formação técnica e tecnológica. Segundo o Ministério da Educação, só a Universidade do Oeste de Santa Catarina oferece essa graduação.

Dia-a-dia
Mais do que uma carreira destinada a apreciadores de vinho, a enologia requer conhecimentos sobre escolha do solo, plantio, engarrafamento, influências climáticas e vendas.
Embora as vinícolas representem o principal campo de trabalho do profissional desse segmento, há possibilidades de atuação em setores como consultoria, vendas e pesquisas.
"O enólogo pode atuar em várias áreas, mas, em geral, gosta de estar nas vinícolas", opina o professor de enologia da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), Daniel Pinto.
Hoje, explica, "mais de 90% da produção está na serra gaúcha. Mas o setor industrial em São Paulo já acena para investimentos na produção vinícola".
Para o consultor de vinhos Francisco Abreu, o mercado brasileiro tem um grande potencial inexplorado. "A maioria dos enólogos vem da Região Sul. A regulamentação tende a expandir essa realidade."


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