São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2008

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"Ou merece piedade ou é super-homem", diz psicóloga

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Doutora em psicologia social pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), Suely Harumi Satow estuda a identidade dos deficientes desde 1993.
Segundo ela, esse profissional muitas vezes "não é visto como pessoa". "Ou é merecedor de piedade ou é super-homem, quando consegue ser socialmente visível. Não tem "ser humano" nessa visão", aponta.
No entanto, ela diz que, devido à articulação dos deficientes, há um avanço na busca pelos direitos desse grupo.
Para Carlos Aparício Clemente, autor do livro "Trabalho Decente para a Pessoa com Deficiência", as empresas brasileiras são preconceituosas, e a fiscalização, ineficiente.
"O "Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e suas Ações Afirmativas" , realizado [em 2007] pelo Instituto Ethos e pelo Ibope, indica que a participação de deficientes está abaixo do exigido nas grandes corporações brasileiras."
Ele diz que a tendência de colocar deficientes em posições menos qualificadas é comprovada. "Só 0,4% dos executivos têm algum tipo de deficiência."


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