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O CAMINHO DO EMPREGO
Empresas assumem treinamento
Pressionadas, companhias passam a investir na capacitação de potenciais candidatos
DA REPORTAGEM LOCAL
O discurso sobre a falta de
mão-de-obra qualificada está
sendo substituído, aos poucos,
pela ação. Percebendo a dificuldade em recrutar e selecionar
pessoas com deficiência para
suprir a cota exigida por lei,
empresas de grande porte passam, agora, a investir na formação de trabalhadores -não só
para seu quadro funcional mas
também para a concorrência.
"Dizer que não encontra pessoas qualificadas é uma armadilha", diz João Baptista Ribas,
da área de cidadania empresarial da Serasa e coordenador do
Fórum de Empregabilidade de
Pessoas com Deficiência.
"Oras, tragam para dentro [da
empresa] e qualifiquem", diz.
Em 2001, havia apenas 12
empresas cumprindo a Lei de
Cotas em todo o Estado. Dois
anos mais tarde, esse número
passou para 316. Sob pressão do
rigor imposto pela fiscalização,
o quadro mudou em 2004. Em
agosto deste ano, eram 4.917
empresas cumprindo a lei.
"Não encontrar profissionais
qualificados não quer dizer que
não haja pessoas com potencial", provoca Ribas.
O Senai da Bahia elaborou
uma pesquisa com 200 empresas do Estado nordestino para
conhecer o mercado potencial
para as pessoas com deficiência: 43% delas não contratavam
alegando falta de qualificação.
Atualmente, o Senai é um dos
pontos de apoio nas parcerias
estabelecidas por empresas
privadas com foco em treinamento e qualificação de pessoal.
Claro e Bosch são exemplos
dessa iniciativa. A primeira capacitou, em parceria com uma
ONG, 250 pessoas nos últimos
dois anos em cursos de atendimento ao cliente e informática,
apesar de afirmar não contratar todos os profissionais. Com
o mesmo discurso, a Bosch já
formou cem pessoas por meio
de aulas de mecânica básica.
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