São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 2006

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Bacharel escolhe ramo da música

DA REPORTAGEM LOCAL

"Temos uma história de exclusão social", diz Alexandre Carvalho Baroni, presidente do Conade (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência).
Essa exclusão é um dos motivos apontados por especialistas para justificar a falta de acessibilidade.
Ainda que algumas alterações sejam de fácil resolução -há, por exemplo, softwares grátis-, mudanças em prédios, calçamentos e transporte são mais onerosas -e lentas.
É com esses obstáculos que, dia a dia, muitos, entre eles o bacharel em direito Roger Martins Marques, 31, têm de lidar.
Marques, que é cego, orgulha-se de conhecer quase toda a cidade de São Paulo. "Trabalhei em vendas externas", comenta. Mas reconhece que a falta de acessibilidade dificulta a locomoção pela cidade.
Ele, porém, diz não permitir que isso atrapalhe suas atividades -trabalha em uma empresa de telefonia, adaptando obras ao braile, e faz parte do grupo DJs Unidos, apresentando-se em festas e eventos.
"Quero ter aulas de teclado", planeja o profissional, que não quer advogar. Ele pretende seguir com as duas atividades. "Se não conseguir conciliá-las, escolho a música." (RB)


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