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São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 2003

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17 MIL CARGOS PÚBLICOS

Concursos "aquecem" mercado em 2003

RENATO ESSENFELDER
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se entre as resoluções de Ano Novo você incluiu a de conseguir um emprego na carreira pública, prepare-se. Está aberta uma das maiores temporadas de contratações dos últimos anos no setor.
São 17.595 vagas abertas em 11 órgãos federais, incluindo Agência Brasileira de Inteligência, Comissão de Valores Mobiliários, Ibama, Ministério da Educação, Instituto Nacional do Seguro Social e também órgãos militares como Aeronáutica e Marinha.
Os cargos são de diversas áreas: há postos para analistas, auditores, fiscais, policiais e até cozinheiros, entre outros.
A legislação brasileira impede, contudo, que as vagas sejam preenchidas de imediato. Antes, o Ministério do Planejamento precisa avaliar o impacto das contratações no Orçamento da União para então autorizar -ou não- a realização dos concursos.
Mas, antes que a burocracia desanime os potenciais candidatos, a boa notícia: até agora, 7.244 vagas (veja quadro abaixo) já têm sinal verde para serem ocupadas.

Fator político
A mudança de governo propicia o surgimento de novos concursos. A principal razão é política. "A orientação ideológica do atual governo é de regularizar a situação do funcionalismo público, que tem sido substituído nos últimos anos por pessoal terceirizado", comenta Francisco Mariotti, diretor-executivo da escola Concursos e Cursos.
Em 2002, o Tribunal de Contas da União se mostrou contrário ao fenômeno da terceirização no serviço público, argumentando que o recurso estava sendo utilizado abusivamente. Após isso, criou-se a tendência de reverter o quadro.
Novos cargos também devem surgir para dar conta de promessas de campanha. "Muitas frentes de trabalho devem ser abertas, especialmente na Previdência e no programa de combate à fome", afirma o professor Gleibe Pretti, do curso Liberdade.
Sérgio Gonini Benício, coordenador-geral da escola Federal Concursos, completa que "as propostas de desenvolvimento econômico e social feitas durante a campanha eleitoral tendem a provocar a melhoria no quadro de pessoal do governo, tanto na parte da arrecadação como na de execução das políticas públicas".



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