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Choque cultural é alvo de treinamento
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O idioma pode ser uma
barreira, mas não é a única
adaptação que profissionais
estrangeiros têm de fazer ao
embarcarem para o Brasil.
O nível de contato pessoal,
mais estreito em relação a
outras culturas, também costuma ser "chocante" para os
expatriados, assinala Vivian
Manasse, da Going Places.
Contudo, segundo ela, o
treinamento oferecido pelas
consultorias não evita o choque. "[Ele] apenas [o] ameniza para que os estrangeiros
não se assustem com o grau
de intimidade dos brasileiros", destaca a especialista.
Mariana de Oliveira, sócia-diretora da Differänce Intercultural Consultants, diz que
expatriados sentem diferença até na redação de e-mails.
"O alemão não fala bom
dia nem boa tarde e não manda beijo. Já os brasileiros contam até o final de semana",
exemplifica. Para Oliveira, o
treinamento ajuda o profissional a entender "o pensamento do brasileiro".
"Eles acham o conceito de
hierarquia confuso, os processos burocráticos, surpreendem-se com reuniões
marcadas de um dia para o
outro e estranham consultas
médicas no período de trabalho", completa Manasse.
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