São Paulo, domingo, 20 de janeiro de 2008

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TENDÊNCIAS

Marcelo Justo/Folha Imagem
Simone Straub, 43, executiva da CIS Corporate, não queria estudar espanhol. "Tinha ataques de riso ao tentar falar o idioma", conta. Após um encontro internacional da empresa, no entanto, desatou a falar. Para ela, a conquista ajudou em sua promoção

Empresas terceirizam a gestão de idiomas

Consultorias acompanham as metas do profissional

MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Como resultado da proliferação das multinacionais e da necessidade crescente de comunicação com outros países, as empresas passaram a investir na implantação de política de idiomas para os funcionários.
Com uma novidade: para garantir a eficácia do investimento, agora são contratadas consultorias especializadas em desenvolver os programas. Em geral, não se encarregam das aulas, recomendando escolas por elas homologadas.
"Usamos um parâmetro internacional para avaliar a profundidade de aprendizagem", explica a diretora da Cambi Gestão da Comunicação Internacional, Silvana Cambi.
A metodologia, que enfoca a linguagem de negócios, inclui três tipos de avaliação: auditiva, de comunicação oral e de escrita comercial. Em seguida, a consultoria elabora um plano de desenvolvimento individual.
"Estabelecemos metas a serem cumpridas e acompanhamos o processo com uma assessoria pedagógica", diz Cambi.
As aulas podem ser feitas em grupo ou de forma individual. Neste caso, cabe ao gestor apontar as metas de aprendizado requeridas pelo profissional.
"É preciso avaliar se o funcionário tem necessidades particulares ao cargo ou ao nível lingüístico", opina a diretora da Insigna Consultoria Lingüística Angela Coy, que diz ter, entre seus clientes, a Roche, a Tetra Pak e a International Paper.
A ESPN Brasil contratou consultoria especializada há dois meses. A empresa paga taxa mensal de R$ 26 de manutenção e R$ 300 por avaliação.
"Esse processo cria outro tipo de relação dos funcionários com a política de idiomas. Os resultados são muito melhores", afirma o diretor de RH da emissora, Fernando Lima.
Para o executivo, é preciso ter cuidado para a ação não ser compreendida como benefício: "O investimento é tido como uma ferramenta de trabalho".

Especialização
Existem também escolas que trabalham só com metodologia para negócios. Um exemplo é a BLC Consultoria em Idiomas.
"Nossa preocupação é prover material na área de atuação dos funcionários", explica o proprietário da B.L.C., Jorge Eduardo de La Jara Raygada.
Toda semana, diz Raygada, são enviados aos alunos e-mails com curiosidades e dicas gramaticais do idioma estudado. As avaliações são trimestrais e incluem apresentações orais.
Com o objetivo de auxiliar o profissional em busca do aprendizado de um idioma estrangeiro, a Folha traz, nas páginas a seguir, dicas e orientações sobre inglês, espanhol, mandarim, alemão e japonês.
São os idiomas com maiores valores de importação ou exportação da balança comercial brasileira de janeiro a novembro de 2007, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (excluindo os idiomas da Holanda e da Nigéria, países em que as negociações internacionais costumam ser em inglês).


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