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Marcelo Justo/Folha Imagem
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Simone Straub, 43, executiva da CIS Corporate, não queria estudar espanhol. "Tinha ataques de riso ao tentar falar o idioma", conta. Após um encontro internacional da empresa, no entanto, desatou a falar. Para ela, a conquista ajudou em sua promoção
Empresas terceirizam a gestão de idiomas
Consultorias acompanham as metas do profissional
MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Como resultado da proliferação das multinacionais e da necessidade crescente de comunicação com outros países, as
empresas passaram a investir
na implantação de política de
idiomas para os funcionários.
Com uma novidade: para garantir a eficácia do investimento, agora são contratadas consultorias especializadas em
desenvolver os programas.
Em geral, não se encarregam
das aulas, recomendando escolas por elas homologadas.
"Usamos um parâmetro internacional para avaliar a profundidade de aprendizagem",
explica a diretora da Cambi
Gestão da Comunicação Internacional, Silvana Cambi.
A metodologia, que enfoca a
linguagem de negócios, inclui
três tipos de avaliação: auditiva,
de comunicação oral e de escrita comercial. Em seguida, a
consultoria elabora um plano
de desenvolvimento individual.
"Estabelecemos metas a serem cumpridas e acompanhamos o processo com uma assessoria pedagógica", diz Cambi.
As aulas podem ser feitas em
grupo ou de forma individual.
Neste caso, cabe ao gestor
apontar as metas de aprendizado requeridas pelo profissional.
"É preciso avaliar se o funcionário tem necessidades particulares ao cargo ou ao nível lingüístico", opina a diretora da
Insigna Consultoria Lingüística Angela Coy, que diz ter, entre seus clientes, a Roche, a Tetra Pak e a International Paper.
A ESPN Brasil contratou
consultoria especializada há
dois meses. A empresa paga taxa mensal de R$ 26 de manutenção e R$ 300 por avaliação.
"Esse processo cria outro tipo de relação dos funcionários
com a política de idiomas. Os
resultados são muito melhores", afirma o diretor de RH da
emissora, Fernando Lima.
Para o executivo, é preciso
ter cuidado para a ação não ser
compreendida como benefício:
"O investimento é tido como
uma ferramenta de trabalho".
Especialização
Existem também escolas que
trabalham só com metodologia
para negócios. Um exemplo é a
BLC Consultoria em Idiomas.
"Nossa preocupação é prover
material na área de atuação dos
funcionários", explica o proprietário da B.L.C., Jorge
Eduardo de La Jara Raygada.
Toda semana, diz Raygada,
são enviados aos alunos e-mails
com curiosidades e dicas gramaticais do idioma estudado.
As avaliações são trimestrais e
incluem apresentações orais.
Com o objetivo de auxiliar o
profissional em busca do
aprendizado de um idioma estrangeiro, a Folha traz, nas páginas a seguir, dicas e orientações sobre inglês, espanhol,
mandarim, alemão e japonês.
São os idiomas com maiores
valores de importação ou exportação da balança comercial
brasileira de janeiro a novembro de 2007, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(excluindo os idiomas da Holanda e da Nigéria, países em
que as negociações internacionais costumam ser em inglês).
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