São Paulo, domingo, 21 de julho de 2002

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É DIA DE FEIRA

Mercado promove contratações o ano todo

Fernando Moraes/Folha Imagem
Paula de Freitas era recepcionista em estandes e hoje ocupa cargo de assistente de marketing em uma organizadora de eventos


BRUNA MARTINS FONTES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Boa parte dos empregos é temporária. Mas a oferta de oportunidades de trabalho é permanente.
Aliar boa remuneração, experiência profissional e possibilidade de fazer contatos no mercado tem atraído a atenção de cada vez mais jovens para a área de feiras.
As chances de trabalhar temporariamente nesse setor estão crescendo, especialmente em São Paulo, que concentra 75% das 400 mil oportunidades de trabalho geradas por ano no país.
"Do ano passado para cá, houve crescimento de 4% no total de feiras realizadas no Brasil", comenta Armando Mello, 54, diretor-executivo da Ubrafe (União Brasileira das Promotoras de Feiras).
"Em três anos, São Paulo ampliará a oferta de pavilhões de 200 mil metros quadrados para 300 mil metros quadrados e por isso demandará mais profissionais."
De acordo com a Ubrafe, de 1992 a 2002, o número de feiras promovidas no país cresceu 268% -passou de 38 para 140 por ano.
A quantidade de empresas interessadas em expor nesse tipo de evento também se multiplicou.
Se em 1992 a Ubrafe contabilizava 7.500 expositoras nas feiras, em 2002 esse número cresceu 366%, totalizando 35 mil companhias.

Vagas em desfile
Uma feira de grande porte em São Paulo emprega temporariamente até 10 mil profissionais.
São cerca de 5.000 pessoas para montar os estandes e 5.000 que atuam durante o evento em atividades como recepção, limpeza, alimentação e segurança, sem contar profissionais como fotógrafos e assessores de imprensa.
"As vagas se concentram mesmo é na recepção dos estandes", comenta Luís Taliberti, 36, diretor da FIT (organizadora de eventos).
Os promotores e os expositores geralmente recorrem a seu banco de currículos ou a companhias que terceirizam profissionais para trabalhar nos eventos, desde eletricistas até recepcionistas.
"A maior parte das contratações é feita entre pessoas que já trabalharam conosco", diz Antonio Bianco, 42, diretor-administrativo-financeiro da Guazzelli Messe Frankfurt (organizadora).



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