São Paulo, domingo, 22 de fevereiro de 2009

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BOLSA DE ESTUDO

Acordos elevam oferta de benefícios

Excelência acadêmica é determinante para conseguir benefício financeiro

Sergio Zacchi/ Folha Imagem
Laura Macedo, diretora para a América Latina do Iclei (associação de promoção da sustentabilidade), diz que o mestrado em gestão ambiental que fez em Oxford (Inglaterra) com bolsa do programa Chevening foi essencial para conquistar o emprego

NATALIE CATUOGNO CONSANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Este pode ser um bom momento para estudantes que procuram bolsa para estudar no exterior. Há pelo menos 19 programas com vagas abertas ou para abrir e novos acordos de cooperação internacional, que podem significar mais vagas para brasileiros.
A União Europeia criou um programa de bolsas de estudo exclusivo para o Brasil, que deve receber 33 milhões até 2013 (leia mais acima).
A UE mantém também um programa de bolsa para a América Latina e outro mundial. Para este, o orçamento dos próximos quatro anos é 56% maior que o do quadriênio anterior. Em ambos, brasileiros também podem se inscrever.
Tem crescido o número de acordos de cooperação feitos pela entidade com países desenvolvidos, afirma o presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), ligada ao MEC (Ministério da Educação), Jorge Almeida Guimarães.
As áreas que se destacam são aquelas em que o Brasil é considerado atraente, como tecnologia e bioenergia.
"O número de bolsas que concedemos vem crescendo. Estamos divulgando melhor e conquistando mais interesse", acrescenta Thaís Junqueira Xavier, diretora-executiva da Fundação Estudar, que concede bolsas parciais de graduação e pós a estudantes.
Programas e instituições que dão bolsas, como o Chevening, ligado ao British Council, e a Comissão Fulbright, informam que devem manter as vagas no mesmo patamar dos anos anteriores, mesmo com a crise.

Mérito
O requisito fundamental para ser selecionado, dizem especialistas, é a excelência acadêmica, já que as bolsas são concedidas por mérito. Conhecimentos do idioma do país de destino também são valorizados na hora da seleção ou pré-requisitos dos programas.
Foi com investimento nessas duas frentes e um ano de dedicação aos estudos que Ana Beatriz de Almeida, 25, que é formada em desenho industrial e trabalhava com publicidade no Rio de Janeiro, conseguiu ser aprovada no MBA da Wharton, escola da Universidade da Pensilvânia (EUA). Depois de aprovada, ela buscou bolsas e obteve apoio da Fundação Estudar.
"Passei 2007 inteiro estudando, mas está valendo a pena", avalia. "Em 2010, termino e curso e volto ao Brasil preparada tanto para trabalhar como gestora de marcas de uma grande empresa quanto para abrir meu próprio negócio."


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