São Paulo, domingo, 22 de novembro de 2009

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EM PROVA

Estudo para concurso deve incluir testes anteriores

Treino ajuda a ver "pegadinha" e a ganhar mais confiança na seleção

Adriano Vizoni/Folha Imagem
Liliana da Veiga, que estuda com provas de concursos anteriores

RAQUEL BOCATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre os professores de cursinho e os concursandos, há um consenso: para se preparar para concursos públicos, não basta estudar apenas o conteúdo das provas. Além de ter um bom conhecimento das disciplinas, a orientação é conhecer o estilo de seleção das bancas.
Segundo especialistas, praticar por meio de testes é uma forma de conhecer o padrão de prova, organizar-se em relação ao tempo de resolução e ganhar confiança na seleção.
"É fundamental para qualquer candidato [estudar com provas anteriores das organizadoras]", aconselha o coordenador-geral da Siga Concursos, Carlos Alberto De Lucca.
Essa também é a recomendação de algumas organizadoras, como o Cespe/UnB (Centro de Seleção e Promoção de Eventos, da Universidade de Brasília). Além de ler o edital, planejar os estudos e dedicar-se até compreender toda a matéria, o centro recomenda ao candidato analisar outros exames (veja as características das principais organizadoras na página 3).
Uma boa maneira de se adaptar ao estilo das questões da organizadora é resolvendo provas anteriores da instituição, segundo a assessoria técnica de comunicação.
É o que faz a técnica administrativa Karen Mancini, 25, para se preparar para as seleções.
Há quatro anos, para garantir uma vaga, ela combina o estudo das disciplinas com a resolução de provas de concursos anteriores, tendo em vista a organizadora da próxima seleção.
Para ela, como cada uma tem um estilo, orientar-se por outros exames gera um "diferencial enorme para o candidato".
Esse foi um de seus trunfos para passar em 7 dos 15 concursos que prestou -incluindo três para cargos de nível superior quando ainda não tinha se formado na faculdade de contabilidade.
"É preciso ter a malícia de resolver as questões rapidamente e com segurança", indica.

Mutação
"[Entender] a maneira como cada banca pergunta é importante", considera a estudante Liliana da Veiga, 31, que já participou de seleções organizadas pelas fundações Vunesp e Carlos Chagas e pelo Cespe/ UnB.
Assim, complementa ela, é possível conhecer o que pode ser uma "pegadinha" e responder com mais segurança as questões interpretativas.
O presidente da Anpac (Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos), Ernani Pimentel, porém, orienta a primeiro ter uma visão aprofundada da matéria para, a partir daí, fazer provas anteriores.
Mas essa não é uma tábua de salvação para o candidato que não está preparado, salienta. "A banca não é imutável e pode variar de um ano para outro."
Franklin Andrejanini, professor da Alub Concursos, concorda. "É bom praticar [pelas provas] para conhecer, mas isso não substitui o estudo."


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