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estágios & trainees
Formato virtual torna possível trabalho remoto
MARIA CAROLINA NOMURA
DA REPORTAGEM LOCAL
Deslocar-se da faculdade para a empresa onde estagia não
faz parte do dia-a-dia de Mirna
Fernandes, 25. Até porque ela
mora em Belo Horizonte, e a
companhia fica em São Paulo.
A estudante faz estágio virtual na agência de publicidade
Santa Clara. Os participantes
desse programa recebem
"jobs" pela internet e, por meio
dela, são orientados por um
mentor. "Um trabalho que fiz
foi escolhido para um anúncio",
comemora Fernandes.
Apesar de não ser remunerado, o formato atraiu pessoas de
todo o Brasil, de acordo com o
redator André Godoy.
Em outra agência de publicidade, a Olho Gráfico, o estágio
virtual acontece por meio do site "Os Criativos" (www.oscria
tivos.com.br). O estudante ganha uma atribuição e posta o
resultado. "Uma banca examinadora avalia o trabalho e dá
um feedback", conta Elisa Tendolini, diretora da agência.
Morador de Itapira, interior
de São Paulo, o publicitário
Tiago Pompeu, 29, está em primeiro lugar no ranking do site.
Ele diz, contudo, que a competência ainda não lhe rendeu
nenhum trabalho real na área.
Estudantes de medicina e
médicos residentes interessados em urologia pediátrica
também têm a chance de fazer
um estágio virtual.
De acordo com Antonio Macedo Júnior, coordenador do
Núcleo de Urologia Pediátrica
da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), é possível
acompanhar cirurgias filmadas
e discussões sobre urologia pediátrica via internet. "Basta
cadastrar-se", diz.
Desvantagens
A idéia de trabalhar sem sair
de casa pode parecer atrativa,
mas estar isolado fisicamente
da empresa tem suas desvantagens, segundo a consultora de
carreira Sofia Esteves, presidente da consultoria DMRH.
"Os estagiários virtuais não
têm a vivência do ambiente de
trabalho e não interagem com
outras pessoas, o que é muito
importante para o crescimento
profissional", afirma.
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