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RECURSOS HUMANOS
Benefícios flexíveis crescem, mas não decolam no país
Sistema em que funcionário escolhe pacote é adotado por 12% das médias e grandes empresas, diz pesquisa
Erros de implantação e falhas na gestão são os principais empecilhos; consultores apostam
em difusão do modelo
DE SÃO PAULO
Apontado como uma tendência do século 21, o programa de benefícios flexíveis
cresceu, mas não decolou.
Levantamento da consultoria Hewitt Associates obtido com exclusividade pela
Folha aponta que 12% das
92 médias e grandes empresas ouvidas no primeiro trimestre aderiram ao modelo.
Em 2004, quando começou a se difundir por aqui,
apostava-se que quase metade optaria pela novidade que
aportava na área de RH.
O programa de benefícios
flexíveis permite ao funcionário selecionar itens como
academia, seguros e check-up conforme seu interesse,
dentro de um limite de pontos fixados pela empresa.
A flexibilidade, contudo,
esbarra em dois empecilhos:
erros de implantação, como
confundir benefício com salário indireto -o que pode
resultar em ações trabalhistas-, e inexperiência na gestão, indica Ronn Gabay, líder
de administração de benefícios da Hewitt Associates.
Apesar das dificuldades, o
modelo se difundirá, segundo os consultores René Ballo
Bueno, da Mercer, e Cesar
Lopes, da Towers Watson.
Um dos motivos, dizem, é
que esse tipo de programa
ajuda a impulsionar a satisfação dos colaboradores.
"Dá conforto, segurança e
estabilidade", acrescenta
Claudia Briganti, gerente de
remuneração da DuPont.
A empresa, que adotou esse sistema há nove anos, estuda ampliar o leque de opções -que hoje inclui seguro
de vida, previdência privada
e subsídio para cursos.
Nesse período, a supervisora financeira Adriana Bertotti, 34, mudou três vezes
seu pacote. Numa delas, reduziu a cobertura do plano
de saúde e usou os créditos
para subsidiar 75% do MBA.
"Faria o curso de qualquer
forma, mas, com o apoio, antecipei a pós."
(RB)
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