São Paulo, domingo, 23 de junho de 2002

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Custos com pessoal preocupam as companhias

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A folha de pagamento está sempre na mira da direção das companhias na hora de cortar gastos. Tanto que, em uma pesquisa do HayGroup no Brasil com 160 grandes empresas (nacionais e multinacionais), 69% dos entrevistados elegeram a otimização de custos com pessoal como o principal tema a ser discutido neste ano na área de recursos humanos.
A segunda maior preocupação -citada por 51%- é com a flexibilização da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). "Essas duas opções conjugadas podem ajudar a reduzir custos com o quadro de pessoal", explica Vicente Gomes, 35, gerente de serviços de informação do HayGroup.
Mesmo assim, especialistas acreditam que cortar quem tem salários mais altos não é regra nas empresas, e sim critério de desempate quando é preciso escolher entre dois funcionários que mostram o mesmo desempenho.
Para Fernando Moura, 47, gerente de educação Brasil da Cisco Systems, o salário não é considerado alto ou baixo por seu valor absoluto. O que pesa é a relação com a renda que o profissional consegue trazer para a empresa.
Sua trajetória serve de exemplo contrário a dois mitos: o de que os profissionais mais velhos e os que têm salários mais altos são os primeiros a dar adeus à empresa.
Há dois anos na Cisco, que passa por uma reestruturação a cada seis meses e que demitiu 8% de seu quadro em 2001, Moura atribui aos seus 27 anos de atuação na área de tecnologia e à vontade de aprender as razões por que se mantém no cargo. "Meu salário não é baixo. Mas há duas semanas completei um curso de certificação técnica, por exemplo", diz.


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