S?o Paulo, domingo, 23 de outubro de 2011

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Infelicidade no trabalho atinge 1 em 3 profissionais

Mercado em ebulição frustra trabalhadores, consideram especialistas

Gabo Morales/Folhapress
Amanda Moscardi, que quase cancelou seu casamento

CAMILA MENDONÇA
DE SÃO PAULO

"Foi o pior ano da minha vida", desabafa Amanda Moscardi, 31, sobre o período em que atuou em uma agência de promoção e eventos.
Trabalho excessivo e problemas com os chefes interferiram em sua vida pessoal. Então noiva, ela diz quase ter cancelado o casamento.
"Não via meu namorado e, por isso, brigávamos muito. Não estava empolgada e faltei a provas do vestido de noiva", lembra Moscardi, que pediu demissão e se casou.
Como ela, outros profissionais reclamam de insatisfação no trabalho. Pesquisa realizada no primeiro semestre de 2011 pela Weigel Coaching com mil pessoas de São Paulo e do Rio Grande do Sul aponta que 32,2% se sentem parcialmente felizes ou infelizes profissionalmente.
Outro estudo, feito no ano passado pela consultoria Hays com 430 trabalhadores de São Paulo e do Rio de Janeiro, revela o mesmo cenário: 32% estão infelizes.
A realidade indicada pelos levantamentos, obtidos com exclusividade pela Folha, agrava-se à medida que o país cresce, dizem especialistas. "O mar de possibilidades que se abriu [no mercado] eleva o grau de insatisfação", frisa Jaqueline Weigel, "coach" responsável pela pesquisa.
Os trabalhadores "sentem-se motivados a buscar um lugar nessa festa" e tendem a acreditar que estariam melhor em outra empresa, diz.
Quando o mercado era mais fechado, completa Gustavo Costa, diretor da Hays em São Paulo, os profissionais frustravam-se menos "porque não havia escolha".



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