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As companhias estão se mostrando mais preocupadas com a importância que as relações familiares assumem no desempenho de seus funcionários. Muitas já começam a delinear estratégias para levar parte do ambiente de casa para dentro dos escritórios.
Uma dessas táticas é chamada de "open house". O termo define um dia em que os parentes dos profissionais são convidados a visitar seu ambiente de trabalho.
Na Alcoa, esse procedimento foi designado de "Viva Vida". Nessas ocasiões, os produtos e processos de operação da companhia são apresentados aos familiares, conta Cinthia Bossi, 31, gerente de planejamento e de desenvolvimento. A empresa também subsidia passeios culturais dos empregados com filhos e cônjuges.
O suporte da organização torna-se fundamental nos momentos de decisões difíceis que envolvem o profissional e sua família. "Esse apoio me deu confiança e conforto", diz José Carlos Giachini, 44, diretor do BankBoston.
Em 1998, ele foi convidado pelo banco para assumir um posto em Londres. Discutiu com a família as vantagens e as desvantagens da mudança até haver consenso.
Antes de "bater o martelo", Giachini passou três dias na Inglaterra e visitou o que seria o seu novo escritório. A empresa o orientou na escolha da residência e da escola para os filhos.
Todo o preparo ajudou. Após dois anos e quatro meses, Giachini teve de empreender outra negociação em casa: a de voltar para o Brasil. "Meus filhos queriam continuar em Londres", lembra.

Cuba
Para a mulher e as duas filhas do cubano Ernesto Lopez, 45, mudar para o Brasil não foi problema. "Os dois países têm características parecidas", conta ele.
Lopez veio para ser o diretor técnico-comercial da Puro Cigar de Habana, importadora e distribuidora de charutos cubanos.
A decisão foi facilitada pela legislação de Cuba, que garante, para quando retornarem, em 2005, o mesmo posto de trabalho deixado por sua mulher. "É impossível dar um passo desses sem o apoio da família", avalia Lopez. (EV)

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