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AUMENTO EM QUEDA
Maioria já tem remuneração variável
Levantamento de consultoria aponta que o Brasil é um dos países que mais aderem aos salários não-fixos
DA REPORTAGEM LOCAL
Reajuste reduzido não significa, necessariamente, salário
estagnado. Para a parcela de
trabalhadores que atingiu níveis gerenciais, as empresas
estão apostando cada vez mais
em ferramentas que privilegiem o desempenho de seus
funcionários, atrelando ao reajuste um bônus mensal.
"Os acordos sindicais estão
sendo fixados de acordo com a
inflação, ou um pouco acima
dela. Acontece que o brasileiro
ainda tem muita "memória inflacionária", e considera um
aumento de 3% insuficiente",
comenta o diretor da Hewitt
Associates Thiago Zanon.
A pesquisa "Tendências de
Remuneração na América Latina", recém-divulgada pela Hewitt, aponta que 90% das empresas já oferecem remuneração variável ao colaborador.
Fruto disso é resultado da
negociação sindical. "Muitas
convenções coletivas fixam
PRLs [participação nos lucros]
independentemente dos resultados da companhia. Isso afeta
o custo e o orçamento das empresas", aponta Zanon.
Segundo o levantamento, um
diretor recebe, em média, 4,7
vezes o seu salário-base em forma de remuneração variável.
No Brasil, da remuneração total paga a supervisores e a profissionais seniores, 11,3% está
atrelada ao variável -é o maior
índice entre países como Argentina, Chile e México.
O PLR é hoje o principal programa de remuneração variável
adotado no Brasil: 89% das empresas o utilizam. De acordo
com Zanon, muitas vezes ele é o
grande diferencial do pacote de
remuneração. "E, ao mesmo
tempo, protege a empresa, pois
só é pago se os compromissos
individuais e o resultado da
empresa forem alcançados."
Nem tudo é dinheiro
"Mas somente a boa remuneração não é suficiente para
atrair grande parte dos profissionais brasileiros", lembra a
consultora Sonia Gonzalez, da
DM Recursos Humanos, que
consultou 2.000 executivos para saber o que os motiva.
"O profissional dá maior valor a fatores como ter oportunidades de desenvolvimento de
carreira", completa Gonzalez.
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