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EXECUTIVO
Empresas convocam "curingas" para projetos estratégicos
Emprego temporário atrai experientes
HELOISA RIBEIRO
free-lance para a Folha
Ele é um profissional experiente, geralmente com mais de 50
anos de idade e que realiza trabalhos por tempo limitado para empresas. Consultor? Não.
É um exemplo de uma atividade
que se abre para executivos ou ex-executivos: a contratação temporária ("interim management").
Esse profissional tem sido chamado pelas empresas para gerenciar mudanças em curto prazo,
melhorar a competitividade ou
ocupar, mesmo que temporariamente, postos estratégicos.
A vantagem apontada nesse tipo de profissional é a visão externa que possui. Além disso, tem
menor grau de envolvimento
com modelos gerenciais anteriores e credibilidade para tomar decisões importantes na empresa.
Enquanto em um serviço de
consultoria tradicional o poder de
decisão continua com os dirigentes da empresa, o executivo temporário coloca-se na linha de
frente para comandar, atuando,
dentro da companhia, em períodos que vão de 3 meses a 2 anos.
Por isso tem de ter capacidade
de adaptação a diferentes culturas
empresariais (confira ao lado).
"É preciso perceber que existem
talentos sendo desperdiçados no
mercado porque ultrapassam os
50 anos", avalia Peter Seeling, dono da HPS -empresa atuante há
dois anos no setor de "interim
management" e que se uniu recentemente à Gelre, rede de agências de trabalho temporário.
A HPS já colocou até hoje no
mercado 35 executivos temporários. É o caso de Nelson Simi, que
se aposentou em 1997, depois de
ter trabalhado mais de 20 anos na
área financeira.
Nos últimos dias, tem atuado
em uma empresa para tentar resolver problemas de atraso em
sua contabilidade. "Já fiz outros
trabalhos semelhantes no passado, e isso agrega valor na hora de
analisar e criar novos modelos."
HPS: hps@amcham.com.br
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