S?o Paulo, domingo, 25 de setembro de 2011

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Sobe número de empregados que se ausentam por doença

Pesquisa do setor industrial e consultores apontam para alta do absenteísmo

Apu Gomes/Folhapress
Rosilda Maria da Silva precisou faltar ao emprego porque a filha estava hospitalizada

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

"Faltei ao trabalho duas vezes neste ano", conta a cozinheira Rosilda Maria da Silva, 40. "Minha filha estava doente e precisei levá-la ao médico", justifica.
Ela lembra que, nas duas ocasiões, avisou o chefe e levou atestado de saúde no dia seguinte. Em 2010, diz, não perdeu um só dia de trabalho.
Uma pesquisa nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria) que perguntou para os empregados quantos dias eles haviam faltado nos últimos 12 meses por problemas relacionados a saúde aponta uma tendência de alta no absenteísmo dos trabalhadores.
Dos 153.626 que responderam ao questionário entre janeiro e agosto deste ano, 32,5% relataram que deixaram de trabalhar por pelo menos um dia. A média histórica é de 30,7%. No Estado de São Paulo, houve ainda alta discreta no número de empregados que faltam seis ou mais dias.
Embora o estudo retrate apenas um setor de atividade, o industrial, e seja feito em empresas diferentes a cada ano, consultores de recursos humanos estendem a percepção de aumento do número de ausentes para o mercado de trabalho em geral.
Para a consultora da Lens & Minarelli Mariá Giuliese, "esse tema tem crescido em importância". Ela conta que ouve falar sobre faltas com mais frequência em palestras.
Andrea Huggard Caine, diretora da consultoria que leva o seu sobrenome, diz que, para empresas que trabalham com número restrito de empregados, o absenteísmo "é crucial, mortal".


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