UOL


São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 2003

Próximo Texto | Índice

FLUÊNCIA NO PAPEL

Opções para os exames de idiomas variam conforme o nível de conhecimento e a finalidade do diploma

Primeiro teste é eleger certificado

EDSON VALENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se os seus planos para 2003 incluem os de entrar em um MBA, de estudar no exterior ou de tentar uma bolsa de estudos, já é hora de se preparar para obter um certificado de fluência em idiomas, exigido na maioria desses casos.
Difícil é escolher qual exame prestar: de inglês e espanhol a japonês, são várias as opções existentes, conforme o nível de conhecimento do idioma, a finalidade e a profissão do estudante.
Em alguns exames, o aluno é aprovado (ou reprovado) e obtém (ou não) um certificado. Em outros testes, ele apenas recebe uma nota, que pode ou não ser considerada suficiente para entrar em determinada escola.
Estudantes que querem cursar de graduação a pós-doutorado nos EUA precisarão prestar o Toefl (sigla para teste de inglês como segunda língua) e ter nota mínima de 213 pontos no exame feito no computador. Há uma versão, hoje menos comum, em papel, com notas de 310 a 677.
Nas universidades do Reino Unido e da Austrália, o mais pedido é o Ielts (sistema internacional de avaliação do idioma inglês), da Universidade de Cambridge. Diferencia-se do Toefl por ter exame oral obrigatório e, segundo especialistas, por ser "mais exigente". Já outros exames de Cambridge, como o CPE (proficiência) e o CAE (avançado), têm mais validade para a carreira acadêmica.
Indicado também para enriquecer o currículo, o Toeic (teste de inglês para comunicação internacional) avalia a utilização do inglês em ambiente empresarial.

Espanhol, francês e alemão
Para o espanhol, todas as funções e utilidades de um certificado estão centradas no Dele (diploma de espanhol como língua estrangeira), que é aplicado em três níveis, do básico à proficiência.
Já quem quer estudar na França pode obter o Dalf (avançado), cujo exame consiste de quatro fases, que podem ser feitas separadamente. O Delf é um diploma em um nível mais básico. Há ainda outro certificado, o de "Proficiência em Francês", criado para os processos de obtenção de bolsas como as da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Para provar os conhecimentos em alemão, há os exames aplicados pelo Goethe Institut, desde os de nível básico até os destinados a quem quer exercer a função de professor do idioma.

Dose dupla
Em meio a tantas opções, há quem prefira, mesmo enfrentando um desafio ainda maior, combinar diferentes certificados para impulsionar a carreira.
Há quase cinco anos na Basf, empresa de origem alemã, o engenheiro químico Fernando Barbosa, 25, obteve um dos diplomas do Goethe Institut, o ZDfB, como forma de mostrar à companhia que ela acertara ao financiar seus cursos de alemão. O engenheiro já tinha um certificado de inglês (o FCE, de Cambridge), desde os 13 anos. "A fluência em inglês foi decisiva para a minha contratação, e o alemão ajudará a interagir com colegas e diretores", afirma.

Próximo Texto: Português e japonês também são procurados
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.