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FLUÊNCIA NO PAPEL
Opções para os exames de idiomas variam conforme o nível de conhecimento e a finalidade do diploma
Primeiro teste é eleger certificado
EDSON VALENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Se os seus planos para 2003 incluem os de entrar em um MBA,
de estudar no exterior ou de tentar uma bolsa de estudos, já é hora
de se preparar para obter um certificado de fluência em idiomas,
exigido na maioria desses casos.
Difícil é escolher qual exame
prestar: de inglês e espanhol a japonês, são várias as opções existentes, conforme o nível de conhecimento do idioma, a finalidade e a profissão do estudante.
Em alguns exames, o aluno é
aprovado (ou reprovado) e obtém
(ou não) um certificado. Em outros testes, ele apenas recebe uma
nota, que pode ou não ser considerada suficiente para entrar em
determinada escola.
Estudantes que querem cursar
de graduação a pós-doutorado
nos EUA precisarão prestar o
Toefl (sigla para teste de inglês como segunda língua) e ter nota mínima de 213 pontos no exame feito no computador. Há uma versão, hoje menos comum, em papel, com notas de 310 a 677.
Nas universidades do Reino
Unido e da Austrália, o mais pedido é o Ielts (sistema internacional
de avaliação do idioma inglês), da
Universidade de Cambridge. Diferencia-se do Toefl por ter exame
oral obrigatório e, segundo especialistas, por ser "mais exigente".
Já outros exames de Cambridge,
como o CPE (proficiência) e o
CAE (avançado), têm mais validade para a carreira acadêmica.
Indicado também para enriquecer o currículo, o Toeic (teste de
inglês para comunicação internacional) avalia a utilização do inglês em ambiente empresarial.
Espanhol, francês e alemão
Para o espanhol, todas as funções e utilidades de um certificado estão centradas no Dele (diploma de espanhol como língua estrangeira), que é aplicado em três
níveis, do básico à proficiência.
Já quem quer estudar na França
pode obter o Dalf (avançado), cujo exame consiste de quatro fases,
que podem ser feitas separadamente. O Delf é um diploma em
um nível mais básico. Há ainda
outro certificado, o de "Proficiência em Francês", criado para os
processos de obtenção de bolsas
como as da Capes (Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior).
Para provar os conhecimentos
em alemão, há os exames aplicados pelo Goethe Institut, desde os
de nível básico até os destinados a
quem quer exercer a função de
professor do idioma.
Dose dupla
Em meio a tantas opções, há
quem prefira, mesmo enfrentando um desafio ainda maior, combinar diferentes certificados para
impulsionar a carreira.
Há quase cinco anos na Basf,
empresa de origem alemã, o engenheiro químico Fernando Barbosa, 25, obteve um dos diplomas do
Goethe Institut, o ZDfB, como
forma de mostrar à companhia
que ela acertara ao financiar seus
cursos de alemão. O engenheiro já
tinha um certificado de inglês (o
FCE, de Cambridge), desde os 13
anos. "A fluência em inglês foi decisiva para a minha contratação, e
o alemão ajudará a interagir com
colegas e diretores", afirma.
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