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"Ciladas" surgem também para os outros idiomas
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Aprender alemão não é fácil. Enfrentar um teste de
certificação dessa língua, então, pode preocupar mesmo
quem tem estreitas ligações
com o território germânico.
Edith Steiner Rocha, 51, viveu até os seis anos em um
ambiente familiar em que o
português era secundário.
Quase meio século depois,
pós-graduada em comércio
exterior, prestou o ZMP, por
trabalhar em uma companhia suíça de importação.
"A prova foi bem difícil",
sintetiza. E aponta onde estão as armadilhas: "Na parte
gramatical, que exige conhecimentos de declinação [várias terminações que as palavras assumem", e na avaliação de conversação". Nesta
última, ela conta que "o entrevistador tinha um sotaque de um dialeto falado na
Suíça, o que dificultou a
compreensão das questões".
Para os exames de francês,
como o Dalf e o de proficiência, Márcia Ramos, 50, diretora da Aliança Francesa,
tranquiliza os candidatos:
"Levamos o estado nervoso
do candidato em consideração para dar a nota da prova
de conversação".
As maiores dificuldades
nesses exames costumam
estar relacionadas ao uso de
preposições, de tempos verbais e de acentos, que podem
diferenciar gramaticalmente
um termo de outro.
"Na língua francesa, há
grandes diferenças entre o
que é falado e o que é escrito", alerta Ramos. "Três vogais juntas, por exemplo, podem formar um só som. Nas
redações, há alunos que perdem pontos por colocar no
papel o que é pronunciado."
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