Crescimento é de 11% em relação ao feriado de 2007, aponta Asserttem

Marcelo Justo/Folha Imagem

Alexandre Concesso de Souza, que trabalha desde o Natal na Ofner

IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O coelho da Páscoa vai chegar mais cedo em 2008 e trará com ele, além dos ovos de chocolate, a promessa de mais vagas de trabalho temporário.
Segundo a Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário), a terceira melhor data festiva do ano para o comércio deverá abrir cerca de 55 mil postos de trabalho temporário no país -um aumento de 11% comparando-se com o ano passado.
Algumas empresas já anteciparam suas contratações e até mesmo aproveitaram a mão-de-obra extra do Natal. Mas ainda há oportunidades disponíveis, principalmente no comércio (veja lista de empresas no quadro da página 3).
Em certos casos, como nas fábricas de chocolate, alguma experiência na linha de produção de alimentos ou em áreas semelhantes conta pontos. Mas, de modo geral, para vagas como as de promotores, vendedores e atendentes, exigem-se do candidato o ensino médio completo e muito entusiasmo.
"A Ofner analisa bem o perfil dos funcionários que vai contratar. É muito importante o nosso desempenho", conta o promotor Alexandre Concesso de Souza, 33, que está desde o Natal na unidade Moema da rede de chocolates, cujas contratações terminaram em janeiro.
Há dez anos, Souza atua como temporário nas datas comemorativas. "Foi uma área de que eu gostei; não saí mais."

Vagas recheadas
De acordo com a gerente de recursos humanos da Kopenhagen, Magali Carvalho, houve um aumento de 30% de temporários na área operacional neste ano. São 450 vagas extras para a fábrica, localizada em Barueri, na Grande São Paulo.
"Normalmente os temporários que se destacam são chamados para uma efetivação ou para uma vaga temporária no próximo ano", diz Carvalho.
Dono das unidades Brigadeiro e Ana Rosa da Cacau Show, Domingos Gomes Neto, 47, pretende contratar seis temporários por loja -mais que a média de quatro funcionários extras das franqueadas da rede.
"Não consigo dar um atendimento adequado apenas com o quadro efetivo. O público aumenta muito nessas épocas."
A atendente Aline Martins, 29, espera completar a fase de experiência para ser efetivada na Cacau Show. Desempregada havia três meses, ela passava em frente à loja e decidiu deixar o currículo. Foi chamada para as festas de fim de ano e ficou. "É o primeiro passo", declara.


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