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Depoimento

'Isso de não querer sofrer por causa de bicho não funciona'

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Pipoca tinha a maior energia do mundo e virou um zumbi. Aos 17 anos, teve um problema grave de coluna.

A doença piorou repentinamente: ele já não conseguia erguer as patas traseiras. Andava se arrastando. Parecia que tinha caído uma pecinha do esqueleto que sustentava as patas. Fazia cara de dor, chorava baixinho.

Com remédios e analgésicos, em cinco dias voltou a andar. Ficou feliz. Era como se o cachorro da gente tivesse voltado. Mas as patas voltaram a cair 20 dias depois.

Aí virou história de teimosia. A veterinária passou mais remédios, ele não reagiu. Continuamos o tratamento por oito semanas.

Quando vi que não tinha jeito, perguntei quais eram as opções. Ele poderia andar numa daquelas cadeirinhas de roda que a gente vê alguns cachorros usando na rua ou ser sacrificado. Ela recomendava a segunda opção. Pipoca estava idoso, os músculos iriam atrofiar na cadeira.

Demoramos para decidir. Minha filha ficou inconsolável. Por um tempo pensei que não pegaria outro bicho, mas há dois anos minha filha trouxe a Tequila da rua, eu aceitei. Pensei que não era justo deixar a cadelinha na rua só para não sofrer depois.

Essa história de não querer sofrer não funciona. Nunca funcionou com gente, imagina se funcionaria com bicho."

R$ 410 é o custo médio para tratar um cachorro com a pata quebrada. O valor chega a R$ 1.500 caso ele precise ser operado

R$ 300 é o preço de um tratamento de sarna

R$ 2.000 é o valor médio que os donos precisam desembolsar para tratar um câncer

Fernanda Bernardo, 42, dona de casa que tem sete gatos e um cachorro

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