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Uma boa notícia para quem não consegue resistir a bebidas com lactobacilos vivos: acaba de ser criada a versão picolé. O produto foi desenvolvido a partir de uma pesquisa iniciada há cerca de quatro anos, sob a coordenação da professora Maria Isabel Franchi Vasconcelos Gomes, do Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp de Botucatu (São Paulo).
Uma das principais vantagens do sorvete é ajudar nas funções do intestino, evitando infecções. O picolé é feito à base de leite fermentado acidófilo, que contém alto teor do microorganismo lactobacilos acidófilos -uma das espécies mais desenvolvidas e benéficas à saúde do homem. Esse lactobacilo vive bem no nosso intestino e compete com outras bactérias nocivas pela "moradia". "Ao preencher o intestino com os lactobacilos, não sobra muito espaço para as outras bactérias", explica a professora.
O picolé tem poucas calorias, e seu prazo de validade é praticamente o dobro dos outros produtos probióticos. "Quando congelados, podemos conservar os lactobacilos por, pelo menos, 60 dias", explica a professora. Em média, esses microrganismos só sobrevivem cerca de 30 dias em ambientes menos refrigerados que os do picolé.
O novo sorvete recebeu o aval de quem mais entende do assunto: as crianças. Testado no Centro de Convivência Infantil da Fazenda Lageado, em Botucatu, os alunos consideraram a novidade deliciosa. Entre os sabores distribuídos, maracujá, tangerina e morango, as crianças elegeram o último como o predileto.
"Além das crianças, testamos com cerca de 150 pessoas na faculdade, e todas indicaram boa aceitação do produto", afirma Maria Isabel Gomes.
Segundo a pesquisadora, o consumo desses alimentos no Brasil é pequeno, e o picolé pode ser uma maneira de aumentá-lo. Ela disponibiliza a fórmula para empresas que estiverem interessadas. Os contatos podem ser feitos pelo telefone 0/xx/14/6802-7200.
(GABRIELA SCHEINBERG)


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