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poucas e boas
Novas técnicas para engravidar após os 40
GABRIELA SCHEINBERG
DA REPORTAGEM LOCAL
Ser mãe depois dos 40 anos deixou de ser um desafio. Novas técnicas de reprodução artificial estão facilitando a gravidez de mulheres nessa faixa etária, em que há uma queda natural na fertilidade.
Para quem passou dos 35 anos, a técnica mais indicada é a Assisted Hatching, em que um pequeno furo é feito na camada que envolve o óvulo. Após os 38 anos, a
mulher fica com esse invólucro, a chamada zona pelúcida, endurecido, dificultando a entrada do espermatozóide.
"A intenção da técnica é facilitar a inseminação do
óvulo", diz Ricardo Baruffi, ginecologista do Centro de
Reprodução Humana da Maternidade Sinhá Junqueira,
em Ribeirão Preto (SP).
Para furar a zona pelúcida, existem vários métodos,
que utilizam de ácido a agulha e laser -esse último foi
introduzido na América Latina pela equipe do Sinhá
Junqueira. Segundo Baruffi, a técnica tem apresentado
resultados positivos: "ela dobra a chance de uma mulher com mais de 35 anos engravidar".
Uma vez que o espermatozóide entra no óvulo, inicia-se a formação de um embrião, que é então transferido
para o útero da mãe. A partir dessa etapa, o processo de
gravidez é igual ao tradicional.
Isso significa que, após a implantação e a gravidez, o
risco de perder a criança é igual -ou até maior- ao de
mães que engravidam naturalmente. "Mulheres mais
velhas têm um risco maior de aborto espontâneo. Isso
precisa ser levado em consideração", diz o médico.
A antiga técnica da doação de óvulos não é descartada. Pelo contrário, também é recomendada. Nesse caso,
uma mãe usa o óvulo de uma doadora para criar um
embrião em laboratório, que será então implantado no
seu útero. A partir da implantação, a gravidez é normal.
"O filho não será geneticamente da mãe", diz Baruffi.
Mesmo assim, ele avalia que a aceitação de doadores de
óvulos é maior do que a de espermatozóides. "As mães
entendem que a relação com o filho é mais do que genética", afirma. Ele atribui esse fato ao processo de gestação e amamentação da criança. "O relacionamento passa a ser mais emocional."
Para não cair do salto Que atire a primeira pedra a mulher que nunca parou em frente ao armário abarrotado de roupa sem saber qual escolher. Para ajudar
a sair desse e outros impasses do gênero, a norte-americana Kimberly Bonnell, ex-editora de moda da revista "Glamour", escreveu "O Que Usar - Um Guia Prático de
Moda e Estilo" (ed. Best-Seller, 184 páginas, R$ 19,50). Muito bem-humorado, o livro mostra como ter estilo próprio seguindo regras básicas de elegância, acessíveis
a qualquer orçamento. A autora sugere roupas para as mais diversas ocasiões, da
reunião informal com amigos a um velório, passando por entrevistas de emprego e
participações em programas de TV. Além disso, dá dicas sobre comportamento, sites brasileiros de moda e explica como usar as roupas para disfarçar gravidez e idade, altura e peso -para mais ou para menos.
Chocolate contra coágulos Consumir chocolate
moderadamente pode reduzir a formação de coágulos sanguíneos
e, consequentemente, os riscos de doenças cardíacas, segundo pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia (USA). O efeito é
provocado pelos flavanóides presentes no cacau. Essas substâncias
possuem ação antiinflamatória e, em baixa concentração, diminuem a atividade das plaquetas no sangue.
Atualização científica Divulgar novas técnicas e descobertas em várias especialidades médicas é objetivo do site E-Infecto (www.e-infecto.com.br), criado
por professores da UFRJ, UERJ e Uni-Rio. O serviço traz ainda informações para
leigos, como calendário de vacinas e lista atualizada de genéricos.
Cigarro e adolescentes O uso de drogas como maconha e álcool é mais
frequente entre jovens que fumam, afirma estudo da Universidade de San Diego
(EUA) que envolveu 15 mil adolescentes. Os jovens fumantes também dormem
menos, praticam menos atividades físicas e têm pior aproveitamento escolar.
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