São Paulo, quinta-feira, 07 de junho de 2001
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Ginko biloba e kava kava
"Gostaria de saber mais sobre ginko biloba e kava kava. Para que servem? Quais suas propriedades?"
Marilda Finatti Parduci, São Paulo (SP)

Estudos laboratoriais feitos com ginko biloba -árvore milenar nativa da China- demonstraram que ela é antioxidante, vasodilatadora, anticoagulante e antiinflamatória. Por isso vem sendo usada experimentalmente para tratar demências e distúrbios de memória, insuficiência arterial periférica, vertigens e até impotência sexual. "Mas os estudos mostram que os benefícios são discretos. E os efeitos colaterais, apesar de raros, podem ser graves, como sangramentos", afirma o neurologista Marcelo Cagy, do Hospital Samaritano (RJ). Já o kava kava (Piper methysticum) é um arbusto da família das pimentas, utilizado há séculos pelos nativos das ilhas do Pacífico em bebidas com poder relaxante. Na Europa, o extrato da planta virou um popular ansiolítico fitoterápico porque não induz dependência física nem reduz a performance mental, efeitos colaterais comuns nos ansiolíticos convencionais. "Apesar de sua eficácia ter sido demonstrada em estudos controlados, o mecanismo de ação ainda é obscuro. Em doses moderadas, a planta mostrou-se segura. Em doses altas ou quando associada a outros remédios, pode provocar alterações de pele e distúrbios de movimento. Como todo fitoterápico, sugiro que seja usado somente sob prescrição médica", diz Cagy.

Bolinhas brancas
"Depois de passar um semana na praia, bolinhas brancas apareceram na minha virilha e na coxa. Elas são pequenas, têm um líquido dentro e, quando estouram, deixam a pele em carne viva. O que devo fazer?"
Cecília Bastos, São Paulo, SP

"Os sintomas relatados são bastante sugestivos de micose. O uso prolongado de roupas de fio sintético aumenta a umidade, o que favorece a multiplicação dos fungos", afirma Leonardo Abrucio Neto, dermatologista da Beneficência Portuguesa (SP).

Cigarro e remédios
"Faço uso, com prescrição médica, é claro, do cloridrato de fluoxetina. Escuto dizer que seu efeito é reduzido em fumantes. Isso é verdade?"
Elton Marzochi Delacorte, Cosmorama, SP

Não existe uma diminuição no efeito da fluoxetina em pacientes fumantes. "Mas, como os índices e a intensidade de distúrbios emocionais são maiores em fumantes do que naqueles não-dependentes da nicotina, às vezes, pacientes fumantes precisam de doses maiores do medicamento para obter o mesmo efeito ocorrido nos não-fumantes", afirma Fadlo Fraige Filho, chefe da endocrinologia da Beneficência Portuguesa (SP).


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