São Paulo, quinta-feira, 07 de junho de 2007 |
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neurociência Suzana Herculano-Houzel Felicidade fora de hora
A felicidade é uma das sensações divinas que o cérebro nos proporciona. Mas a felicidade em excesso, quem diria, pode ser um problema tão grave quanto a tristeza maligna da depressão - ou até pior.
A tristeza em si não é ruim. É muito importante ficar triste quando isso é o que as circunstâncias pedem: a morte de uma pessoa querida, a perda do emprego, a mágoa causada sem querer em alguém. Por ser um estado desagradável, a tristeza sinaliza ao cérebro eventos ruins e faz com que busquemos evitá-los no futuro. A tristeza só se torna um problema quando acontece apesar das circunstâncias: quando tudo vai bem, mas o cérebro, deprimido, enxerga infelicidade por onde passa. Tristeza não é doença, mas a tristeza injustificada é.
SUZANA HERCULANO-HOUZEL, neurocientista, é professora da UFRJ e autora de "O Cérebro Nosso de Cada Dia" (ed. Vieira & Lent) e de "O Cérebro em Transformação" (ed. Objetiva) suzanahh@folhasp.com.br Texto Anterior: [+] corrida: Recomendações de uma imortal Próximo Texto: Em casa: Resíduos de velas são removidos facilmente Índice |
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