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Não há doença restrita a faixa etária
Adultos ganham tabela de vacinas
DA REDAÇÃO
"Não existe europeu ou americano que venha para o Brasil sem tomar vacina, e a
gente fica aqui bobeando", diz a médica Isabella Ballalai, presidente da Regional Rio da Sociedade Brasileira de Imunizações. No final deste mês, a
entidade lança, durante a 4ª Jornada Nacional de Imunizações, o calendário de vacinação do adulto.
A idéia é criar uma cultura de vacinação do adulto no país, onde vacina é entendida como coisa de criança. Na verdade, nenhuma doença é exclusiva de
uma faixa etária, o que existe é uma incidência maior em uma fase da vida e
menor em outra, diz a médica.
Aliás, considerando-se a forma de
transmissão de algumas delas, os adultos podem se tornar até alvos mais vulneráveis do que as crianças. É o caso da
hepatite B, doença sexualmente transmissível.
Confira abaixo as vacinas que integram o calendário de vacinação.
* Hepatite A: a doença é causada por
alimentação e água contaminada e representa a maior causa de falência do fígado no Brasil. A chance de ser contraída pelo adulto ou pela criança é a mesma. O doente adulto é obrigado a ficar
no mínimo dois meses de repouso.
* Hepatite B: a incidência da doença
em adultos é maior, e a transmissão é
por via sexual. Por isso, nas primeiras 12
horas de vida, o recém-nascido deve ser
imunizado.
* Meningocócicas: apesar de a incidência de meningite ser maior entre
crianças e adolescentes, o adulto não está livre. "No ano passado, vimos avós
morrerem de meningite", diz Ballalai.
* Gripe: é mais grave quando acomete
crianças e idosos, mas, em adulto, a
doença afeta a qualidade de vida.
* Tríplice viral (sarampo, rubéola e
caxumba): se o adulto não pegou nenhuma dessas doenças na infância, fica
protegido com a vacina.
* Febre amarela: especialmente necessária para casos de viagens para Minas, Pantanal e alguns do Norte, considerada regiões endêmicas.
* BCG: contra tuberculose.
* Pneumocócica: para maiores de 50
anos.
* Tríplice(difteria, tétano e coqueluche) : o objetivo é proteger mais a criança do que o adulto no caso da coqueluche, já que é ele quem carrega a bactéria
na garganta. O bebê só está imune à
transmissão da doença no sexto mês,
quando toma a terceira dose da vacina.
Atenção: antes de tomar as vacinas,
converse com o seu médico ou o profissional de saúde do local de vacinação.
Algumas, por exemplo, são proibidas
para pessoas imunodeprimidas.
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