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Elevador para os quartos e rampa para a praia
A casa é térrea; o piso das varandas e dos
banheiros é antiderrapante; as tomadas
estão a 45 cm do chão (contra os tradicionais 30 cm); portas e corredores são mais
largos que o padrão. "No dia-a-dia, a
gente percebe o quanto detalhes pequenos fazem uma grande diferença", diz o
morador, o empresário Ronaldo (ele não
quis ter seu sobrenome publicado), de 61
anos, que acaba de se mudar para a casa
nova, construída em Alphaville segundo
os preceitos do design universal.
A dona-de-casa Denise Furquim de
Campos, 46, foi além dos detalhes. Na casa que está construindo no bairro do Morumbi, que tem três andares, ela já reservou área para o elevador. "A gente nunca
sabe o que pode acontecer", diz a proprietária, que também solicitou à arquiteta, além da escada, uma rampa na entrada principal da casa. "Se for preciso, o
carro sobe e deixa a pessoa na porta; estou pensando em quando a velhice chegar", explica.
Também preocupada com o futuro, a
empresária Elisete Martinez, 49, está
construindo a sua casa de praia, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, segundo os parâmetros do design universal. "Eu e meu marido vamos nos mudar
para lá quando nos aposentarmos; a casa
é ampla, segura e confortável, e tudo é
mais acessível", diz Martinez, que fez
questão de uma rampa que saísse da entrada principal da casa e desse direto na
praia. "Tenho dois filhos goleiros que vivem machucados. Um deles já teve de
usar cadeira de rodas. Se isso acontecer
de novo, eles vão para Ubatuba, e eu fico
mais sossegada", diz bem-humorada.
"Felizmente as pessoas estão despertando para essas novas possibilidades. A
tendência é que esse conceito faça parte
da rotina de arquitetos e moradores", diz
a arquiteta Silvana Cambiaghi.
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