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Fim de piadas com gay
Nas festas dos amigos de
trabalho, sempre apresentava o companheiro como
sendo o primo. Na tradicional hora do cafezinho na
empresa, evitava conversas
sobre a vida pessoal. Aliás,
as mulheres achavam que
ele era um pobre solteirão e
viviam lhe apresentando
amigas.
O programa de diversidade implantado na empresa mudou um bocado a
sua vida. Hoje ele até mantém na mesa de trabalho
um porta-retratos com a
foto do companheiro. E
também já conseguiu um
feito e tanto: pediu alguns
dias de folga, justificando
ter de cuidar do companheiro que estava doente.
C.A., de 39 anos, preferiu
não ter seu nome divulgado porque lida com clientes externos e sabe como o
preconceito é grande. Mas,
no ambiente de trabalho,
ele garante que o clima é
outro. As piadinhas de
mau gosto diminuíram e a
reação dos colegas mudou.
"Já ouvi um colega dizer
que nunca pensou que teria um amigo gay", conta.
Para o executivo, o segredo do sucesso desses programas de diversidade é
não impor regras, que podem facilmente ser burladas. "A melhor forma de
conscientizar é mostrar
compaixão com o ser humano. Esses valores devem
ser discutidos de forma natural para que o preconceito não aumente", diz.
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