São Paulo, quinta-feira, 11 de março de 2004
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Estudos confirmam poder da erva-de-são-joão

DA REDAÇÃO

A erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) foi o grande destaque do 14º Congresso Alemão de Fitomedicina e Fitoterapia, realizado no mês passado em Berlim, Alemanha, país onde as pesquisas científicas com fitoterápicos (medicamentos produzidos a partir de plantas) são as mais avançadas.
Na verdade, a erva foi reabilitada no congresso alemão, conta o médico José Roberto Lazzarini, presidente da Sobrafito (Sociedade Brasileira de Fitomedicina) e participante do encontro. Famosa pela eficácia como medicamento para depressão de graus leve e moderado, ela andava em baixa nos últimos anos devido aos resultados de uma pesquisa americana que, segundo Lazzarini, estava errada, pois fora realizada com pacientes com depressão grave, caso em que seu uso não é indicado.
Um dos estudos apresentados no congresso comparou o Hypericum perforatum com a paroxetina (droga antidepressiva sintética), e a eficácia foi a mesma. Mas o melhor trabalho, conta Lazzarini, foi a análise dos dados de 57 estudos mundiais feitos sobre a planta. Resultado: o Hypericum mostrou eficácia de 59%, contra 52% da eficácia de drogas sintéticas.
Outra boa notícia: um extrato que elimina a principal interação medicamentosa da planta, que é o de reduzir o efeito da pílula anticoncepcional quando consumidos em conjunto. Em um estudo clínico feito com o extrato de Hypericum sem a hiperforina, substância responsável pela interação medicamentosa, não houve interferência nos efeitos da pílula. Segundo Lazzarini, o extrato sem a hiperforina, que já é vendido na Alemanha, deve ser lançado no Brasil em três ou quatro meses.
Mas, atenção: a erva-de-são-joão não deve ser consumida sem prescrição, alerta o médico.


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