São Paulo, quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

INGREDIENTE

Amora pode ser doce ou azeda e é fonte de potássio

RACHEL BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem comeu amora diretamente do pé dificilmente esquece a experiência: além de sua doçura, é muito provável que também tenham ficado retidos na memória os borrões avermelhados nas roupas e no corpo, produzidos ao menor contato com a frutinha.
Nas grandes cidades, as amoras vendidas nos supermercados não têm o mesmo dulçor -ao contrário, podem ser bem ácidas- e são incrivelmente maiores, do tamanho de uma uva itália avantajada. Trata-se de outra variedade.
A primeira pertence ao gênero Morus e é cultivada comercialmente apenas para produção de folhas que alimentam as lagartas do bicho-da-seda, no Paraná. "Ela se adapta bem ao nosso clima, entretanto, é extremamente sensível e não suporta manipulação na colheita, na embalagem e no transporte", afirma Luis Eduardo Corrêa Antunes, pesquisador da Embrapa Clima Temperado.
Já a variedade comercial é da família Rosaceae, a mesma da roseira, da macieira e do morangueiro. No Brasil, é cultivada comercialmente no Rio Grande do Sul -tendo Vacaria como o principal produtor nacional-, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. A safra tem início em outubro e vai até janeiro, com o pico de produção nos dois últimos meses do ano. Quando maduras, ambas apresentam coloração vermelho-escura, quase negra.
Existem aproximadamente 2.000 espécies de amoras, incluindo algumas nativas do Brasil. A planta é muito adaptável e consegue prosperar em climas tão diversos quanto os daqui e da Escandinávia.
Em termos nutricionais, apresenta vitaminas A, B e C, mas não em grandes proporções. Entre os minerais, o potássio é mais abundante, com 200 a 250 mg a cada 100 gramas, segundo a pesquisadora Márcia Vizzotto, da Embrapa.
Além de consumidos puros, os frutos são utilizados na produção de uma infinidade de alimentos, como geléias, sorvetes, polpas, iogurtes, doces, tortas, bolos e compotas, ou transformados em licores e xaropes. Molhos à base de amoras também são apreciados para acompanhar carnes e aves.


Texto Anterior: Correio
Próximo Texto: Torta de amoras e chocolate branco
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.