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Empresas avaliam custos e benefícios do treinamento
A Coca-Cola decidiu mudar radicalmente a imagem de seus
motoristas e entregadores em 96. "Na época, o profissional
de entregas era visto com desconfiança", diz Jorge Chazarreta, diretor de distribuição e serviços da empresa. "Não podíamos competir com preços baixos, por isso decidimos fazer do serviço um diferencial."
Os 800 motoristas e ajudantes passaram por um treinamento que incluiu direção defensiva, relações humanas,
conduta ao volante e até instruções sobre como levantar e
carregar as caixas de refrigerante para evitar problemas de
coluna. Quem se comporta como manda o figurino recebe
uma comissão no final do mês. "Depois do programa de capacitação, constatamos uma melhora muito grande na produtividade", afirma o gerente de distribuição Sérgio Leite. O
número de acidentes diminui 50%, e o índice de produtos
devolvidos por mau atendimento caiu para um terço do anterior.
ECT
Há dois anos, antes de implantar o projeto Conduzir,
a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos enviava, diariamente, 20% de sua frota para a manutenção e gastava R$
3 milhões por ano só com esse serviço. Com as aulas de direção defensiva, relacionamento interpessoal e sensibilização
para o trânsito, os motoristas da empresa aprenderam a utilizar melhor a recém-renovada frota, que passou a contar
com vans e versões mais modernas das tradicionais kombis.
O impacto do treinamento pôde ser sentido logo no primeiro ano: os custos com manutenção caíram para menos
de R$ 1,5 milhão -metade do saldo anterior. O número de
carros acidentados também foi reduzido, passando de 26%
para 24%. Detalhe: de 98 para cá, a frota cresceu de 980 para
1.430 carros. "O treinamento é interessantíssimo para qualquer empresa. E há melhora na qualidade de vida dos funcionários", conclui Roberto Fraga, diretor regional da ECT
no Rio de Janeiro.
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