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Doença foi erradicada no Brasil
O último caso brasileiro
de poliomielite foi registrado em 1989. Cinco anos
depois, a OMS (Organização Mundial da Saúde)
concedeu ao Brasil o Certificado de Erradicação da
Transmissão Autóctone
do Poliovírus Selvagem
nas Américas.
No entanto o fato de a
doença estar erradicada
não significa que a vacinação seja desnecessária.
"Pelo contrário. A doença
está erradicada justamente por causa das intensas
campanhas de vacinação,
mas o vírus ainda circula
pelo ambiente", afirma
Acary Bulle Oliveira, chefe
do setor de doenças neuromusculares da Unifesp.
A vacinação em massa,
iniciada em 1961, foi responsável pela redução
gradual dos casos de poliomielite, que ainda faz
vítimas em países africanos e na Índia e causou a
morte de milhares de pessoas em todo o mundo entre as décadas de 50 e 80. A
doença, porém, é muito
mais antiga. O primeiro
registro que se tem das sequelas da pólio é uma peça egípcia, datada de cerca
de 1.500 a.C.
"Os três vírus da poliomielite são transmitidos
pelo contato com fezes ou
secreções respiratórias",
explica o infectologista
Otávio Augusto Branchini, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (SP).
Após o período de incubação, que varia de uma a
duas semanas, a pessoa
infectada tem sintomas
parecidos com os de uma
gripe comum: febre e dores musculares. Apenas
1% dos casos de pólio levam à paralisia de um ou
mais membros, que é o
maior perigo da doença.
"O vírus pode iniciar um
processo inflamatório que
provoca a necrose das células da medula espinhal",
diz Branchini. Essas células são responsáveis por
comandar o movimento
dos músculos.
Na fase aguda, a poliomielite evolui rapidamente da febre para a atrofia
dos membros. A recuperação dos movimentos
depende dos danos causados pela inflamação. "Pode levar meses e até anos, e
o paciente pode não recuperar todas as habilidades
perdidas", diz Oliveira.
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